Dólar opera em baixa após PIB chinês fraco e com economia americana aquecida


No dia anterior, a moeda norte-americana caiu 0,08%, cotada a R$ 5,6596. Já o principal índice de ações da bolsa encerrou em queda de 0,73%, aos 130.793 pontos. Dólar opera em alta
Karolina Grabowska
O dólar opera em baixa nesta sexta-feira (18), com o mercado repercutindo os últimos dados das duas maiores economias do mundo.
No fim da noite desta quinta, o governo da China divulgou que o Produto Interno Bruto (PIB) do país subiu 4,6% no terceiro trimestre deste ano em relação ao mesmo período do ano passado, levemente acima das projeções do mercado, mas também indicando uma desaceleração em relação ao trimestre anterior, quando avançou 4,7%.
A China pretende crescer pelo menos 5% neste ano e, para isso, o governo vem implementando diversas medidas de estímulo desde o fim de setembro para garantir que a meta seja atingida, em meio a uma série de dificuldades que o país enfrenta para crescer.
Também ontem, nos Estados Unidos, dados do comércio e do mercado de trabalho mostraram que a economia segue aquecida, o que gera dúvidas no mercado sobre quais serão os próximos movimentos do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) em relação às taxas de juros do país.
Hoje, os juros americanos estão entre 4,75% e 5%, depois da instituição promover um corte de 0,5 ponto percentual em setembro. O mercado espera um novo corte na próxima reunião do Fed, mas a economia ainda aquecida pode reduzir a magnitude dessas baixas.
Veja abaixo o resumo dos mercados.
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Dólar
Às 09h50, o dólar caía 0,27%, cotado a R$ 5,6444. Veja mais cotações.
No dia anterior, a moeda norte-americana caiu 0,08%, a R$ 5,6596.
Com o resultado, acumulou:
alta de 0,80% na semana;
avanço de 3,90% no mês;
ganho de 16,63% no ano.

O
Ibovespa
O Ibovespa começa a operar às 10h.
Na véspera, o índice caiu 0,73%, aos 130.793 pontos.
Com o resultado, acumulou:
alta de 0,62% na semana;
perdas de 0,78% no mês;
recuo de 2,53% no ano.

O que está mexendo com os mercados?
Nos Estados Unidos, as vendas no varejo cresceram 0,4% em setembro, acima do 0,1% registrado em agosto e também mais do que a alta de 0,3% que as projeções apontavam. Já a produção industrial norte-americana marcou uma queda de 0,3% no mês passado, após alta de 0,3% em agosto. Nesse caso, o mercado esperava uma queda de 0,2%.
Outro destaque na maior economia do mundo ficou com os números de pedidos semanais por seguro-desemprego. Foram 241 mil novos pedidos na última semana, em linha com as estimativas, e abaixo dos 260 mil da semana anterior.
Já na Europa, o Banco Central Europeu (BCE) reduziu pela segunda vez consecutiva suas taxas de juros, com um corte de mesma magnitude, de 0,25 ponto percentual. Agora, as principais taxas do BCE estão entre 3,25% e 3,65% ao ano.
Por fim, os investidores também seguiram atentos às notícias vindas da China, com pessimismo renovado em meio a mais uma crise do setor imobiliário do país.
O gigante asiático anunciou que ampliará uma lista de projetos habitacionais elegíveis a financiamento e aumentará os empréstimos bancários para esses empreendimentos para 4 trilhões de iuanes (cerca de US$ 562 bilhões ou R$ 3,2 trilhões) até o final do ano.
O anúncio foi visto pelo mercado como sendo apenas complementar às medidas de estímulo ao setor que o governo chinês já havia apresentante anteriormente. A decepção com a China, que é o maior importador de matérias-primas do planeta, voltou a pressionar os preços das commodities nesta quinta.
*Com informações da agência de notícias Reuters

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