Pesquisa Quaest: apagão liga sinal de alerta para campanhas de Nunes e Boulos em SP

Ricardo Nunes e Guilherme Boulos disputam o segundo turno em SPMontagem/Reprodução

A mais recente pesquisa Quaest, divulgada nesta quarta-feira (16), acendeu alertas nas campanhas de Ricardo Nunes (MDB) e Guilherme Boulos (PSOL) para o impacto do apagão da Enel nas eleições municipais de São Paulo. As informações são do jornal O Globo.

Com o segundo turno marcado para o dia 27, os números indicam uma diferença de 12 pontos percentuais entre os candidatos, com Nunes liderando com 45% das intenções de voto, contra 33% de Boulos.

Nos bastidores, ambos os lados demonstram otimismo com o levantamento. Para Boulos, a redução da vantagem de Nunes, que era de 22 pontos segundo a pesquisa Datafolha divulgada na última quinta-feira (10), mostra uma “candidatura competitiva”. Já os aliados do atual prefeito celebram a liderança mantida, apesar do crescimento do candidato do PSOL.

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Apesar da comemoração, os dois candidatos enfrentam desafios. Ricardo Nunes, atual prefeito, lida com a repercussão do apagão que afetou a capital, o que pode ameaçar sua vantagem. Por outro lado, Boulos precisa reduzir ainda mais a diferença em um curto período de tempo e conquistar o voto dos indecisos.

Para o candidato do MDB, o resultado é considerado positivo, especialmente por ele herdar uma parte significativa dos eleitores de Pablo Marçal (PRTB), que ficou de fora do segundo turno. O deputado federal Baleia Rossi (MDB-SP), coordenador da campanha de Nunes, vê a crise energética uma oportunidade para Nunes reforçar sua imagem como gestor, mostrando trabalho durante a situação.

“Está batendo com nossas pesquisas internas. Mostra a força do Ricardo e da gestão competente “, disse ao jornal O Globo.

Outro ponto que favorece o atual prefeito é sua menor taxa de rejeição em comparação a Boulos. Neste critério, o candidato do PSOL soma 45%, enquanto 32% expressam temor em relação à reeleição de Nunes. Além disso, 6% dizem rejeitar ambos os candidatos, e 9% dos eleitores  rejeitam nenhum resultado.

Do lado de Guilherme Boulos, o cenário, que antes era visto como uma “maratona”, passou a ser comparado a uma “corrida de 100 metros”. A redução da diferença entre os dois candidatos trouxe ânimo à campanha do psolista. 

“Temos grandes possibilidades de avançar”, afirmou um aliado próximo de Boulos.

A equipe do candidato do PSOL também enxerga uma oportunidade significativa entre os eleitores indecisos, que representam 26% dos entrevistados na pesquisa espontânea. 

“Esse percentual pode ser decisivo para construir a virada”, disse a campanha em nota. 

Além disso, Boulos continuará explorando a questão do apagão da Enel, que deixou milhares de pessoas sem energia em São Paulo, como uma crítica à gestão de Nunes. Durante agenda de campanha nesta quarta-feira, o psolista voltou a se posicionar como o “candidato da mudança”, apostando no descontentamento da população com a crise energética para impulsionar sua candidatura.

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