Apagão na zona sul: até batalhão da PM está sem energia há 4 dias

São Paulo — Quase quatro dias após o temporal que assolou São Paulo na última sexta-feira (15/10), moradores do Jardim Marajoara e até mesmo a sede de um batalhão da Polícia Militar seguem sem energia elétrica. Segundo quem vive na região, próxima a Santo Amaro, na zona sul, não há previsão de quando o apagão vai acabar.

Fios soltos e troncos de árvores pelas calçadas ainda compõem o cenário de destruição em parte do bairro, mesmo quatro dias após a tempestade. Uma das árvores caiu na Rua Doutor Paulo Aires Neto, onde fica a sede do 22º Batalhão da Polícia Militar, que segue sem energia elétrica desde então.

Moradores da vizinhança também foram afetados pela queda de energia. É o caso da empresária e professora de ioga Carla Labate, 32 anos, que tem tentado lidar da melhor forma com a situação, passados quatro dias.

“A gente faz o que pode para se adaptar com sabedoria, cuidado com a gente, manter a saúde mental neste momento. Mas um monte de coisas na geladeira estragou, a gente tem que trabalhar em outros lugares, porque quem trabalha em casa sente muito”, disse.

Carla afirma que a falta de informações sobre quando a energia será restabelecida preocupa. “A gente tenta entrar em contato com a Enel e não consegue. O aplicativo não funciona, porque não tem sinal. Não vem ninguém tirar as árvores”, afirma. “A gente não sabe se vai durar mais uma semana ou um dia”, diz.

Para a empresária, o fato de morar em um bairro arborizado como o Jardim Marajoara é essencial para quem vive em São Paulo. “Mas, infelizmente, quando isso acontece, a cidade não está preparada para se restabelecer com essas mudanças climáticas. A gente precisa fazer alguma coisa sobre isso”, diz.

A publicitária Maria Cristina Liguori, 60 anos, também critica a falta de agilidade na resolução do problema e diz que já perdeu até alimentos comprados em promoção. “Tenho um freezer com 50 kg de carne que estão indo para o lixo”, afirma.

A falta de previsibilidade causa a revolta de Maria Cristina, quando questiona quando o problema será resolvido. “Toda vez que ligamos é de quatro a seis horas para frente, mas sempre tem um problema técnico”, diz.

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