Cíntia Ramos: a mulher por dentro do jogo

Aos 43 anos, Cíntia Ramos Souza, mãe do jogador Endrick, compartilha uma história de luta, resiliência e fé. “Essa é a história que antecede os sonhos, que um dia foram apenas a necessidade de
sobrevivência”, afirma Cíntia ao relembrar a chegada a Brasília, onde começou a construção dos valores que moldariam a vida do filho, que hoje é avaliado em 60 milhões de euros, cerca de R$ 366 milhões.

Em uma conversa com a reportagem, a mãe e empresária revela os desafios que enfrentou para apoiar o filho, da infância em Brasília ao estrelato no Palmeiras.

Fotografia colorida mostrando mulher sentada conversando-Metrópoles

Como foi ver o crescimento do seu filho no esporte e saber que muito foi graças a você?

Tudo foi muito desafiador, mas sempre procurei ser o alicerce dele. Minha participação está nos valores, na disciplina e em tudo que transmiti a ele. Sempre batalhei por ele, e ver os frutos disso é
algo divino. Aqui foi onde lutei e sonhei, onde cada passo dado tinha o peso da esperança por dias melhores. Hoje, estar aqui e ver tudo o que conquistamos me faz acreditar que valeu a pena cada sacrifício.

Como está a expectativa de vê-lo jogar no mesmo estádio em que sua família começou?

O sentimento é de imensa gratidão. Retornar a este lugar é extremamente gratificante. Saber que estarei na arquibancada, onde antes trabalhei, assistindo o meu filho jogar, é algo inacreditável. Quando penso que, ao sair daqui, estava decidida a seguir em frente, hoje percebo que Deus planejou tudo para que meu filho pudesse estar jogando aqui.

Fotografia colorida de mulher sentada em sofá-Metrópoles

Existe alguma figura materna que a inspirou a posicionar-se na gestão da carreira da sua família e, consequentemente, na de Endrick?

Um dos meus grandes exemplos é a mãe do Cristiano Ronaldo. Admiro muito a postura dela como matriarca.

Qual é a maior lembrança da senhora nos momentos de vaivém do Endrick para as peneiras e escolinhas, antes dele conseguir vaga no Palmeiras?

São muitas memórias. Lembro-me de levá-lo do Céu Azul até a rodoviária, correndo o risco de não conseguir voltar. Graças a Deus, todos foram muito bons conosco e nos ajudaram da forma que
puderam, mas tínhamos medo e muita vontade de fazer dar certo. Recordo dele ainda pequeno, comendo rápido para não perder o ônibus, e de toda a disciplina que sempre demonstrou ter.

Fotografia colorida mostrando mulher dentro de casa próxima do portão-Metrópoles

A história de Cíntia é uma lição de perseverança e coragem. Ela é muito mais do que a mãe de um fenômeno do futebol, é a força silenciosa por trás de uma trajetória de sucesso que está apenas
começando. “Se eu conseguir inspirar ao menos uma mãe, uma mulher, então tudo já valeu a pena”, ressalta.

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