
O CBMSC (Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina) segue nas buscas pelo adolescente desaparecido no mar da Praia dos Ingleses, em Florianópolis, por volta das 18h de domingo (9). O aparelho “sonar” auxilia a equipe na procura pelo menino de 13 anos.

Empregado nas buscas pelo adolescente desaparecido, o aparelho sonar era usado na Primeira Guerra Mundial para detectar submarinos – Foto: Divulgação/CBMSC/ND
O sonar funciona como um radar que usa ondas sonoras para detectar objetos debaixo d’água e pode localizar o adolescente desaparecido. O nome vem de uma sigla em inglês que significa “Navegação e Determinação da Distância pelo Som”.
Embora haja registro da utilização do sonar por Leonardo da Vinci em 1490, o uso só foi popularizado pelo desastre do navio Titanic, em 1912. O dispositivo foi patenteado um mês após o naufrágio.

O sonar foi um dos dispositivos usados nas buscas pelos destroços no Titanic em 1985 – Foto: Divulgação/University of Rhode Island/ND
Em seguida, a tecnologia foi usada na Primeira Guerra Mundial para localizar submarinos. Atualmente, é empregado na navegação, pesca e em pesquisas dos oceanos.
Os destroços do Titanic só foram descobertos em 1985, por uma equipe liderada por Jean-Louis Michel e Robert Ballard. Os oceanógrafos recorreram a uma embarcação chamada Argo, equipada com um sonar com varredura lateral e uma câmera que transmitia imagens para a sala de controle. As ruínas do navio foram localizadas a 3,8 mil metros da superfície.
Entenda como bombeiros usam sonar para procurar adolescente desaparecido em praia de Florianópolis
O adolescente desaparecido foi visto pela última vez por volta de 18h de domingo, na Praia dos Ingleses, no Norte da Ilha. Uma amiga, que também tem 13 anos, viu o garoto afundar próximo ao Posto de Guarda-Vidas 02.
Os guarda-vidas procuraram a vítima com o apoio de uma moto aquática. O helicóptero Arcanjo-01 dos bombeiros também participou das buscas por 40 minutos, no entanto, finalizou as atividades devido às condições climáticas e ao pôr do sol.
Familiares do adolescente desaparecido estavam no local e informaram que moram em Florianópolis há dez anos. As buscas foram retomadas pelos bombeiros nesta segunda-feira (10), com o auxílio do sonar.
“Ele emite pulsos de som que viajam pela água e, ao atingirem um objeto, refletem de volta para o equipamento. Ao medir o tempo que o som leva para retornar e a direção do eco, o sonar pode determinar a distância e a localização do objeto”, explica o CBMSC.
Dessa forma, o sonar usa um transmissor de som e um receptor para a detecção de objetos submersos. O aparelho fica entre um e dez metros de profundidade. A depender das condições da água, pode atingir um alcance de até mil metros.