Dólar segue em queda e fecha a R$ 5,58 após declarações de Haddad

O dólar fechou em queda de 0,58%, cotado a R$ 5,58, nesta segunda-feira (14/10). Com o resultado, a moeda americana acumulou um avanço de 2,48% no mês e um ganho de 15,04% no ano. Já a bolsa de valores encerrou o dia em forte alta. O índice subiu 0,78%, aos 131.005 pontos, com um volume financeiro negociado de R$ 13,4 bilhões no Ibovespa e de R$ 18 bilhões na B3

No cenário interno, os investidores repercutiram as declarações do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e de Gabriel Galípolo, que assumirá a presidência do BC no fim do ano. Segundo Haddad, o governo segue firme na contenção de despesas. Ele voltou a afirmar que a meta é trazer a despesa para baixo de 19% do PIB e prometeu fazer um esforço para aumentar a receita, que atualmente representa cerca de 17%. “Temos espaço para conter o gasto primário e diminuir o tributário para que financeiro se reduza”, afirmou o ministro.

Ainda de acordo com o ministro, a segunda fase da reforma tributária, que incidirá sobre a renda, deverá ser enviada ao Congresso Nacional apenas em 2025.

Em evento promovido pelo Itaú, Galípolo manteve uma postura conservadora e disse que continuará perseguindo a sua meta de inflação de 3% a partir de 2025. Segundo ele, o BC  “já cortou, já manteve e já subiu os juros” e que a autoridade monetária seguirá fazendo o que é preciso que seja feito.

O mercado também repercutiu mais uma edição do Relatório Focus, divulgada hoje pelo Banco Central do Brasil (BC), e que elevou pela segunda vez seguida a projeção para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação no país, para 2024. Nesse caso, ela subiu de 4,38% para 4,39%.

Os economistas ouvidos pelo Banco Central também aumentaram a estimativa para o PIB neste ano. Ele passou de 3%, para 3,01%. No caso do dólar e dos juros, a expectativa para 2024 foi mantida em R$ 5,40, para a moeda americana, e em 11,75% para a Selic. Os dois indicadores, porém, subiram para 2025. O câmbio foi de R$ 5,39 para R$ 5,40. A taxa básica passou de 10,75% para 11% ao ano.

No cenário externo, investidores repercutem novas promessas de estímulos na China. Segundo o ministro das Finanças, Lan Foan, o governo vai usar os recursos para impulsionar o crescimento. Embora ele não tenha explicitado exatamente quanto o governo gastará ou com que velocidade, o discurso deixou os mercados otimistas.

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