VÍDEO: Cardume de raias surpreende banhistas na faixa de areia em Bombinhas

Um cardume de raias surpreendeu os banhistas na Praia Central de Bombinhas, Litoral Norte de Santa Catarina, na manhã deste domingo (11). Os animais foram vistos nas ondas do mar, próximos à areia.

Quem registrou o momento foi o morador da região Alessandro Pedroso. Ele conta que, de olho, daria para dizer que tinham mais de 1oo raias no local. Diversas pessoas tiravam fotos e filmavam.

Cardume de raias em Bombinhas

Raias estavam próximas à areia, atraindo curiosidade – Foto: Alessandro Pedroso/ Divulgação

“Tinha muitas, muitas mesmo, uma área de mais ou menos uns 500 metros de praia. Era pouca gente dentro da água, porque realmente não dava, elas estavam o tempo inteiro ali, estavam bem rasas na área onde o pessoal estava de banho mesmo”, conta Pedroso.

O morador também afirma que, como as ondas do mar estavam quebrando, alguns animais chegavam a ficar meio presos na areia.

Veja o vídeo


Cardume de raias surpreende banhistas em praia de Bombinhas – Vídeo: Alessandro Pedroso/ Divulgação

É comum encontrar cardume de raias em Bombinhas?

Para compreender melhor este fenômeno, o Portal ND Mais conversou com o oceanógrafo, mestre em Oceanografia Biológica e doutor em Ciências Naturais, Paulo Ricardo Schwingel.

Dr. Schwingel acredita, pelas imagens, que as raias sejam da espécie Rhinoptera bonasus. Ele explica que esses animais podem formar grupos, migrando em conjunto. Não é algo tão raro elas virem para águas rasas, isso pode ser motivado pela busca de presas para se alimentarem.

O oceanógrafo esclarece que a praia de Bombinhas é como uma península, então ela está avançada no mar, o que torna mais comum a visita destes animais. Ele também aponta que isto é, inclusive, um bom indicador de água com boa qualidade.

Oceanógrafo explica fenômeno de raias em Bombinhas – Vídeo: Alessandro Pedroso/ Divulgação

As raias podem ser perigosas?

Schwingel explica que esta espécie pode ser perigosa, pois possuem ferrão na cauda, em formato de ponta, serrilhado. Caso entre na pele, a remoção é complexa e pode rasgar a pele quando retirado.

“Então ninguém deve tocar nesses organismos, como toda outra fauna silvestre. Não se deve espantá-los, porque sempre pode ter um risco de pisar sobre um na areia, que está no raso, ou tentar segurá-los e os animais reagirem com a cauda”, explica o oceanógrafo.

Porém, ele destaca que o ser humano apresenta uma ameaça ainda maior para as raias, já que estas estão em seu ambiente natural.

Espécie possui ferrões, é recomendável não tocar ou espantá-los – Foto: Alessandro Pedroso/ Divulgação

 

 

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