Monitoramento por satélite reforça combate a incêndios florestais na região afetada pela Usina Hidrelétrica de Porto Primavera


Plano contou com aumento no número de brigadistas e investimentos em equipamentos. Monitoramento por satélite reforça o combate a incêndios florestais
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A Companhia Energética de São Paulo (Cesp) adotou um sistema de monitoramento por satélite para reforçar as ações de prevenção e combate a incêndios florestais na região da Usina Hidrelétrica Engenheiro Sérgio Motta, que fica no distrito de Porto Primavera, em Rosana (SP).
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A nova ferramenta faz parte da parceria com a Visiona Espacial, joint-venture entre a Empresa Brasileira de Aviação, Defesa & Segurança (Embraer) e a Telecomunicações Brasileiras S.A. (Telebras), contratada para monitorar 100% das áreas da empresa nos estados de São Paulo e Mato Grosso do Sul.
De acordo com Jarbas Amaro, gerente de Sustentabilidade e Operações da Cesp, o sistema fornece imagens atualizadas, com alerta de focos de incêndios, em um período que pode variar de 15 minutos a 3 horas, dependendo da localização do satélite.
Ao visar a reduzir ainda mais esse período de atualização, a central de monitoramento também utiliza as imagens geradas por satélite da agência espacial dos EUA, a Nasa, de acesso público, o que permite uma resposta ainda mais rápida em caso de focos de incêndio.
“A conservação das nossas florestas e a proteção dos recursos naturais fazem parte dos compromissos da nossa agenda socioambiental e de governança. São diversas iniciativas da empresa para promover a restauração de áreas degradadas, formação de corredores ecológicos, manutenção e proteção das nossas áreas e, consequentemente, das centenas de espécies que ali habitam. Sabemos o risco que os incêndios florestais apresentam para toda essa biodiversidade, por isso, nosso planejamento visando a prevenção e combate às queimadas começa muito antes do período seco”, destacou Amaro.
Ainda no fim do primeiro semestre, com projeções indicando grave estiagem para este ano, a companhia deu início à manutenção e à ampliação dos aceiros, que são faixas livres de qualquer vegetação criadas ao longo de divisas, visando a criar uma barreira natural para o fogo de 150 quilômetros para 240 quilômetros.
A companhia ainda dobrou o número de brigadistas, totalizando 40 profissionais treinados para atuarem nesse tipo de ocorrência, e reforçou a infraestrutura com aquisição de novos equipamentos e veículos de combate a incêndios.
Equipes móveis também foram disponibilizadas para monitorar “in loco” regiões mais vulneráveis aos incêndios 24 horas por dia, com o objetivo de reduzir o tempo de resposta em caso de focos de queimadas e, com isso, evitar que a propagação do fogo.
A empresa ainda conta com o apoio de drones com sensor de calor e aeronaves para o combate em áreas de difícil acesso.
Monitoramento por satélite reforça o combate a incêndios florestais
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Conscientização 🚫🔥
Amaro também lembrou que as medidas de prevenção a focos de incêndio que devem ser adotadas por todas as pessoas, como:
evitar jogar lixo e bitucas de cigarro na beira de estradas;
não usar fogo em atividades agropecuárias;
não queimar resíduos; e,
caso veja algum foco de incêndio, alertar as autoridades da cidade.
“É importante reforçar que estamos tomando todas as medidas necessárias para prevenir e combater incêndios florestais na região. Porém, é essencial a colaboração de todos nessa luta. Hoje, é sabido que a grande maioria dos incêndios florestais é causada por fator humano, intencional ou não, ou seja, poderia ter sido evitada. Um incêndio de grandes proporções coloca em risco a vida de animais silvestres e de comunidades inteiras”, ressaltou o gerente.
Biodiversidade 🌱
A Cesp possui mais de 65 mil hectares de áreas destinadas exclusivamente à conservação da biodiversidade, tanto unidades de conservação, como é o caso da Reserva Particular de Patrimônio Natural (RPPN) Cisalpina, em Brasilândia (MS), como Áreas de Preservação Permanente (APPs).
Somente na Reserva Cisalpina, são 490 espécies de animais silvestres identificadas, sendo 310 de aves e 54 de mamíferos, e muitas delas estão ameaçadas de extinção.
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