Dólar sobe e bolsa cai após frustração com a economia chinesa

O dólar à vista exibiu valorização firme na sessão desta terça-feira (8/10) em alta de 0,86%, encerrando o dia cotado a R$ 5,53. A moeda americana foi impactada pela decepção de investidores com as notícias sobre os novos estímulos à economia chinesa. O mercado esperava que mais medidas de estímulo à economia chinesa fossem anunciadas, mas as novidades ficaram apenas no plano das expectativas.

Os funcionários da Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma comentaram com jornalistas chineses sobre o que já havia sido anunciado: o governo vai adiantar 100 bilhões de yuans, cerca de US$ 14,1 bilhões, do orçamento de investimento de 2025. A expectativa era por um anúncio na casa dos trilhões no curto prazo.

Por conta desta frustração, os preços das commodities recuaram, pressionando para baixo as divisas ligadas a tais matérias-primas. O Ibovespa fechou em baixa de 0,35%, aos 131.551 pontos. O papel ordinário da Vale recuou 3,03%, cotado a R$ 61,12, o que fez a companhia perder R$ 8,8 bilhões em valor de mercado hoje, totalizando R$ 277 bilhões. Já as ações preferenciais e ordinárias da Petrobras recuaram 2,01% e 2,16%, respectivamente, diante da queda firme do petróleo no mercado internacional.

Por aqui, a sabatina de Gabriel Galípolo, indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para a presidência do Banco Central (BC), agradou ao mercado. Galípolo destacou a preocupação com a inflação em 2024, olhando questões cambiais domésticas e externas, incluindo questões geopolíticas. O plenário do Senado Federal aprovou a indicação do nome para a presidência do Banco Central. Foram 66 votos favoráveis e cinco votos contrários.

Em nota, a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) parabenizou Galípolo pela aprovação de seu nome. “Com uma sólida formação acadêmica e brilhante trajetória profissional, Galípolo reúne todas as condições para liderar uma das instituições mais importantes do país. Estamos certos de que, nesta função, Galípolo ouvirá todos os setores da economia e saberá comunicar de forma transparente as decisões tomadas pelo Banco Central”, diz a nota.

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