‘Mundo melhor que quero deixar para minhas filhas e meus netos’, diz idosa que foi votar em maca em Porto Velho


Diana chegou de maca porque está acamada desde que sofreu um acidente em 2013. Ela reforça que não foi obrigada a votar, mas o fez para “ser a diferença”. Idosa vai votar de maca em Rondônia
Juan Rodrigues/Rede Amazônica
No domingo (6), quem estava na Escola Estadual José Otino de Freitas, em Porto Velho, parou para assistir Diana Maria Costa Fortini, de 72 anos, chegando para votar em uma maca. Segundo ela, o momento é importante porque ajuda a construir o mundo melhor e fazer a diferença.
“Meu voto pode fazer a diferença sim e é esse mundo melhor que quero deixar pras minhas filhas e meus netos quando eu não tiver mais aqui. Quero sentir que fiz o meu melhor, o possível”, contou ao g1.
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Diana chegou de maca porque está acamada desde que sofreu um acidente em 2013. A circunstância a faz mais ainda querer exercer o voto para lutar pelo direito de pessoas que precisam de melhoria da acessibilidade.
Diana reforça que não foi obrigada a votar, mas o fez para “ser a diferença”.
“Foi emocionante, poder voltar a exercer minha cidadania. Faço parte da sociedade e tenho direito de decidir quem serão os governantes. Mais ainda, sendo uma pessoa com deficiência, temos que lutar para fazer valer nossos direitos”, comentou. (Assista o momento abaixo)
Idosa de 72 anos chega de ambulância e maca para votar em escola de Porto Velho
Para chegar até a escola, Diana precisou de ajuda do departamento de acessibilidade do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-RO). Ela mesma pediu para que a filha solicitasse o serviço para que não ficasse sem votar.
Diana completou a votação em apenas quatro minutos, destacando que o processo foi tranquilo, mesmo em uma maca. Ela enfatizou a importância de participar, lembrando que, apesar das dificuldades, se sente parte ativa da sociedade.
O serviço oferecido pelo TRE-RO garante que pessoas com deficiência ou dificuldade de acessibilidade consigam exercer o direito ao voto.
“Se cada um votar, a chance do resultado ser a decisão da maioria é mais real. As abstenções mostram o quanto as pessoas, não digo somente os jovens, estão longe do que é participar de uma sociedade”, comenta.
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Mais de 25% dos eleitores de Rondônia deixaram de ir às urnas no primeiro turno. Essa foi a segunda maior taxa de abstenção do Brasil, segundo o Tribunal Regional Eleitoral (TRE-RO), ficando atrás apenas do Rio de Janeiro.
Em relação à eleição de 2022, o número de faltosos aumentou em cerca de 3% no estado. Só em Porto Velho, mais de 93 mil eleitores não votaram.
*Estagiário sob supervisão de Jaíne Quele Cruz

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