Média baixa de gols do Avaí é um dos fatores que dificultam o acesso; veja os números

Time que não faz gol não consegue vencer, logo também não sobe de divisão. O Avaí ainda tem chance de subir, mas precisa fazer a bola balançar as redes bem mais que os 23 tentos atuais. O Leão tem o segundo pior ataque da competição.

No recorte que fizemos, pegando o pior ataque dos quatro primeiros colocados ao fim da Série B, o Avaí está muito abaixo. O time não tem sequer média de um gol por partida, está em 0,79% por partida.

Um outro dado que alarma a torcida e faz as chances de acesso diminuírem é o baixo rendimento causado pela falta de gols. Dos 29 jogos que a equipe fez até agora na Série B do Brasileiro, em 14 o time todo passou em branco, até porque não é só o ataque que marca os gols.

Nas palavras do técnico avaiano Enderson Moreira, após o empate sem gols diante do Brusque, fazer um gol não é fácil. O treinador, inclusive, compara o futebol com as outras modalidades para exemplificar.

“Eu tenho que ter tranquilidade para fazer as substituições que a gente acha. A gente tem que ter chance de ganhar o jogo até o último lance, se a gente consegue fazer naquela bola na trave (do Gaspar) seriam três pontos, o que a gente quer. O gol é difícil, é um evento difícil e o futebol não é igual o basquete ou vôlei. Às vezes você cria 50 chances para fazer um gol, outras ele sai naturalmente”.

Ataque do Avaí

As palavras de Enderson ecoam justamente pelo histórico recente do clube: dos últimos três jogos, diante de Chapecoense, Guarani e Brusque, que brigam contra o rebaixamento, o Avaí não balançou as redes nenhuma vez.

Maurício Garcez, com três gols, Vagner Love e Hygor, com dois, e Poveda, que já saiu, são os atacantes que marcaram pelo clube até aqui na competição. O artilheiro é o meia Giovanni, com quatro tentos.

Ainda restam oito partidas na Série B e o acesso ainda é possível, mas os números o tornam improvável de acontecer. No entanto, vencer o América-MG na próxima sexta-feira, às 21h, na Ressacada, pode ser o início de uma arrancada.

Piores ataques que subiram na Série B

2006

• 2º Sport – 57 gols
• Média: 1,5 gols

2007

• 1º Coritiba – 54 gols
• Média: 1,4 gols

2008

• 4º Barueri – 58 gols
• Média: 1,5 gols

2009

• 3º Ceará – 54 gols
• Média: 1,4 gols

2010

• 4º América-MG – 56 gols
• Média: 1,4 gols

2011

• 2º Náutico – 51 gols
• Média: 1,3

2012

• 4º Vitória – 59 gols
• Média: 1,5 gols

2013

• 2º Chapecoense – 60 gols
• Média: 1,5 gols

2014

• 4º Avaí – 47 gols
• Média: 1,2 gols

2015

• 4º América-MG – 55 gols
• Média: 1,4 gols

2016

• 2º Avaí – 45 gols
• Média: 1,1 gols

2017

• 1º América-MG – 46 gols
• Média: 1,2 gols

2018

• 3º Avaí – 50 gols
• Média: 1,3 gols

2019

• 4º Atlético-GO – 44 gols
• Média: 1,1 gols

2020

• 1º Chapecoense – 42 gols
• Média: 1,1 gols

2021

• 4º Avaí – 44 gols
• Média: 1,1 gols

2022

• 3º Bahia – 43 gols
• Média: 1,1 gols

2023

• 2º Juventude – 42 gols
• Média: 1,1 gols