Em dia de sabatina de Galípolo, Lula diz que taxa de juros ainda é a mais alta, mas ‘haverá de ceder’

Indicado do presidente Lula para presidir o Banco Central, Gabriel Galípolo disse aos parlamentares, durante sabatina no Senado, que terá liberdade e autonomia para tomar decisões, caso seja aprovado. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a criticar os índices de taxa de juros no país, nesta terça-feira (8). Segundo o petista, apesar do patamar atual, o índice “haverá de ceder”, em meio aos demais resultados econômicos.
A fala de Lula ocorreu ao mesmo tempo em que o indicado dele para presidir o Banco Central (BC), Gabriel Galípolo, é sabatinado no Senado Federal.
No discurso de abertura aos parlamentares reunidos, Galípolo frisou que, apesar das críticas de Lula aos índices adotados pela autoridade monetária, terá liberdade na tomada de decisões caso seja aprovado.
Em 8 de setembro, o Comitê de Política Monetária (Copom) aumentou a taxa Selic em 0,25 ponto percentual, e o índice passou para 10,75%. Esse foi o primeiro aumento de juros desde agosto de 2022, portanto, o primeiro deste mandato de Lula.
Lula, por sua vez, se mostrou otimista sobre uma queda nos índices, em meio a constantes embates com o atual presidente do BC, Roberto Campos Neto. A fala dele ocorreu durante evento de sanção da Lei Combustível do Futuro.
“Eu estou muito feliz porque a economia está razoável, a taxa de juros ainda é a mais alta, mas ela haverá de ceder. Nós temos a inflação controlada, nós temos a massa salarial crescendo, nós temos o emprego crescendo, nós temos leis para proteger os empreendedores individuais, o pequeno e médio empresário. Tudo já está feito”, argumentou.
Ele então seguiu: “Eu tenho dito para os meus ministros, agora é época da colheita, nenhum ministro pode inventar mais nada, chega”.

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