‘Tragédia só não foi maior porque era um dia de ponto facultativo’, diz prefeito de Manacapuru após desabamento em porto


Com o deslizamento, uma cratera se abriu no Porto da Terra Preta, na tarde de segunda (7). Quatro pessoas estão desaparecidas, sendo uma delas uma criança de 6 anos. Deslizamento de terra destrói parte do Porto da Terra Preta em Manacapuru
O prefeito de Manacapuru, Beto D’Ângelo, afirmou que a tragédia causada pelo deslizamento de terra às margens do Rio Solimões, na Região Metropolitana de Manaus, na segunda-feira (7), só não foi maior devido ao dia ser ponto facultativo. O desmoronamento, que engoliu parte do porto da Terra Preta, deixou quatro pessoas desaparecidas, sendo uma delas, uma criança de 6 anos de idade.
Na manhã desta terça-feira (8), equipes de resgate retomaram as buscas pelos desaparecidos. O acidente deixou nove pessoas feridas. Ainda não há informações sobre a causa do desabamento.
📲 Participe do canal do g1 AM no WhatsApp
Em entrevista à Rede Amazônica, o prefeito do município explicou que o porto opera há mais de 30 anos no local, recebendo um grande fluxo de pessoas diariamente.
“A tragédia só não foi maior porque era um dia de ponto facultativo, então o fluxo de pessoas era bem menor”, ​​declarou.
O prefeito lamentou o ocorrido e disse que a prefeitura está prestando apoio às famílias das vítimas. Ele também informou que, logo após o acidente, foram acionados os órgãos estaduais e federais para auxiliar nas operações de resgate.
“Lamentamos profundamente ocorrido que afetou toda a cidade. O povo está consternado com a situação”, disse.
LEIA TAMBÉM:
Bombeiros retomam buscas por desaparecidos após desabamento em Manacapuru
Pai de criança desaparecida diz ter visto casa flutuante sumir após porto desabar no AM: ‘desespero tomou conta’
Deslizamento
Um deslizamento de terra abriu uma cratera na orla de Manacapuru, na Região Metropolitana de Manaus, e engoliu parte do Porto da Terra Preta, na tarde desta segunda-feira (7).
De acordo com o coronel Máximo, da Defesa Civil, ainda não é possível confirmar que o desabamento do porto do município foi causado pelo fenômeno de terras caídas – que ocorre durante o período de estiagem na região amazônica.
“Ainda é precoce dizer isso. Parece que ali também é um ponto de aterro. Então, a gente está fazendo um levantamento ainda para entender se foi um fenômeno de terras caídas propriamente dito uma causa natural, ou se foi por conta de aterro”, informou.
O DNIT, responsável pela fiscalização da estação hidroviária próxima ao acidente, sinalizou a área, alertando pra que as pessoas mantenham distância.
Uma equipe de técnicos também saiu de Brasília a caminho do município pra fazer uma análise geológica do terreno e também analisar o impacto na estrutura do porto. A Marinha informou ainda que vai instaurar um inquérito pra apurar o acidente.
Deslizamento de terra atinge Porto da Terra Preta em Manacapuru
Arte g1
Desaparecidos e feridos
O governo do Amazonas informou que, ao todo, nove pessoas ficaram feridas no acidente. As vítimas foram encaminhadas ao Hospital Regional Lázaro Reis, no município, com escoriações. Dois deles já receberam alta, enquanto os outros sete permanecem em observação.
O governo estadual informou, ainda, que uma criança desapareceu no deslizamento. A menina que desapareceu é Letícia Correia de Queiroz, de seis anos. A casa dela foi levada pelo deslizamento do barranco. Segundo a família, na hora, ela estava com dois irmãos mais velhos, que conseguiram se salvar.
Por outro lado, a prefeitura do município soma três pessoas à lista de desaparecidos. São elas:
⁠Bruno – idade e sobrenome não divulgados
⁠Jorge Facondi – 64 anos
Frank Lins Pinheiro de Souza – 37 anos
Ainda na tarde de segunda, o Corpo de Bombeiros fez um mapeamento da área afetada e iniciou as buscas por desaparecidos.
“Todos vieram de imediato para compreender primeiro o que estava acontecendo e pela manhã, nós retomamos os trabalhos”, disse o secretário de Segurança Pública, coronel Vinicius Almeida.
Desmoronamento de margens do Rio Solimões destrói porto, em Manacapuru (AM)
*Com informações de Adauto Silva, da Rede Amazônica

Adicionar aos favoritos o Link permanente.