Malafaia: Bolsonaro continua tendo meu apoio, mas não sou bolsominion

O pastor Silas Malafaia afirmou à coluna nesta terça-feira (8/10) que continua sendo aliado e apoiador de Jair Bolsonaro, mesmo após tecer duras críticas ao ex-presidente pela postura nas eleições para Prefeitura de São Paulo, em entrevista à colunista Mônica Bergamo, do jornal Folha de S. Paulo.

“Continuo apoiando o Bolsonaro, o maior líder da direita. Não vou julgá-lo definitivamente por um ato errado. Ele tem uma história. Ele continua tendo meu apoio. Só que eu não sou bolsominion. Só que eu não sou alienado, sou aliado de primeira hora. Ninguém, nesse dois últimos anos, defendeu tanto Bolsonaro e se arriscou tanto por ele quanto eu. Tenho muita moral para falar”, afirmou Malafaia à coluna.

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Malafaia ajudou a organizar ato de Bolsonaro e elogiou cobertura da TV Globo

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Malafaia e Bolsonaro em manifestação anti-Moraes no 7 de Setembro

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Pastor Silas Malafaia em ato pró-Bolsonaro

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Jair Bolsonaro e Silas Malafaia em ato na Avenida Paulista

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Malafaia organizou atos pró-Bolsonaro em SP e no RJ

Divulgação/PR

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Organizador do ato, Malafaia não convidou embaixador de Israel para palanque

Isac Nóbrega/PR

Na entrevista a Mônica Bergamo, o pastor acusou Bolsonaro de se omitir na eleição paulistana por medo de ser derrotado por Pablo Marçal (PRTB), caso o ex-coach vencesse o prefeito Ricardo Nunes (MDB), candidato oficialmente apoiado pelo PL do ex-presidente.

À coluna, Malafaia reafirmou as críticas e ressaltou que, antes de dar a entrevista, mandou mensgaens ao próprio Bolsonaro criticando o ex-presidente. O religioso disse ainda que, assim como critica integrantes da esquerda, precisa apontar os erros da direita.

“Prefiro um amigo leal que diga a verdade na minha cara, do que um amigo falso que me ataca por trás e finge que concorda com tudo que eu falo. Verdadeiros amigos dão alertas. Eu seria um covarde se falasse isso para a Mônica Bergamo, sem antes falar para ele. O que eu falei para ela eu falei para ele. Mais de 20 zaps, eu largando o aço em cima dele durante essas eleições. Então, qual é a minha posição? Quer dizer que, quando alguém da esquerda erra, sabe, a gente mete o pau, e quando é da direita vamos passar a mão por cima? Que caráter é o nosso?”, afirmou o pastor à coluna.

Bolsonaro respondeu Malafaia?

Malafaia afirmou que, até as 11h desta terça, Bolsonaro ainda não havia respondido as mensagens. “Bolsonaro nunca responde mensagens minhas de crítica. Ele lê, mas não responde. Ele sabe que eu sou um amigo leal. Quem ama fala a verdade”, declarou o líder religioso.

O pastor sustentou que foi “honesto e sincero” com o ex-presidente e comparou Bolsonaro com o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas. Mesmo criticado por grande parte do bolsonarismo, Tarcísio apoiou a reeleição de Nunes e atuou como principal cabo eleitoral do prefeito.

“Estou ajudando ele a corrigir isso que ele está sendo errado: se guiar por rede social para se posicionar. Está aí o Tarcísio, tomou cacete de tudo que é lado como eu, mas ‘está aqui essa é minha posição e está acabado’. Isso é líder, e ele é líder. Mas tem que ter postura de líder. O povo espera dele postura de líder”, disse Malafaia.