Steve: raro fenômeno natural provoca espetáculo nos céus do Reino Unido


Fenômeno celeste costuma aparecer durante as exibições de auroras, mas é cientificamente distinto delas. Entenda como. O fenômeno Steve visto no céu sobre o Castelo de Dunstanburgh, o maior castelo da Northumberland, no norte da Inglaterra, na segunda-feira, 7 de outubro de 2024.
Ian Sproat
Uma raro fenômeno natural (veja foto acima, cedida ao g1) provocou um espetáculo nos céus do Reino Unido na noite desta última segunda-feira (7).
Conhecido como Steve (Aumento de Emissão Térmica de Velocidade, na sigla em inglês), o fenômeno celeste costuma aparecer durante as exibições de auroras, mas é cientificamente distinto delas.
Enquanto as auroras se manifestam em uma forma oval ou como uma cortina estendida em sentido horizontal (veja foto abaixo), o Steve se apresenta como uma fita luminosa que pode durar de 20 minutos a uma hora.
Ainda pouco compreendido, os cientistas acreditam que ele seja causado por um fluxo rápido de partículas extremamente quentes, conhecido como sub-auroral ion drift (SAID, também na sigla em inglês).
Essa formação é bastante imprevisível, o que torna raro o registro de ocorrências a partir do solo. Segundo a rede BBC, a última vez que um Steve foi avistado no Reino Unido foi em novembro de 2023.
Aurora boreal é vista no céu sobre a Baía de Cullercoats, na costa nordeste da Inglaterra, na segunda-feira, 7 de outubro de 2024.
Owen Humphreys/PA via AP
E apesar de ter sido fotografado por décadas, o nome “Steve” foi atribuído em 2016, após um projeto de ciência cidadã apoiado pela Nasa, a agência espacial norte-americana, que incentivou registros de avistamentos de fenômenos atmosféricos.
A origem do nome é curiosa e se inspira em uma cena do filme “Os Sem-Floresta”, onde um grupo de animais, ao descobrir algo desconhecido, decide chamá-lo de “Steve” para reduzir o medo em relação ao fenômeno. Só então que o termo foi posteriormente adaptado em um acrônimo pelos cientistas.
Além de Steve, as auroras também foram visíveis em várias regiões do Reino Unido, desde as Ilhas Ocidentais até Buckinghamshire e Kent, no sul da Inglaterra.
Segundo o serviço de meteorologia britânico, elas foram impulsionadas pela intensa atividade solar dos últimos dias, que provocaram uma das maiores erupções solares em sete anos.

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