Galípolo pode elevar juros após ser aprovado próximo presidente do BC

A sabatina do indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à presidência do Banco Central (BC), Gabriel Galípolo, ocorre nesta terça-feira (8/10), no Senado Federal.

No cenário atual de política monetária, caso o nome dele seja aprovado pelos senadores, há possibilidade de Galípolo participar de eventuais novos aumentos da taxa básica de juros do país, a Selic, nas próximas reuniões do Comitê de Política Monetária (Copom).

O então diretor de Política Monetária pode vir a ser o sucessor de Roberto Campos Neto, atual presidente do Banco Central, cujo mandato termina em 31 de dezembro de 2024.

Campos Neto, indicado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, foi o primeiro presidente do BC a trabalhar com dois chefes do Executivo diferentes — no governo do próprio Bolsonaro (PL) e na então gestão Lula (PT).

Mercado projeta novos aumentos da Selic

A Selic está em 10,75% ao ano, após o BC decidir elevar, pela primeira vez em dois anos, o valor dos juros. Essa também foi a primeira subida da taxa no terceiro mandato do petista.

O último aumento da taxa ocorreu em 15 de agosto de 2022, em pleno governo Bolsonaro, quando o Copom subiu os juros de 12,75% para 13,25% ao ano — a maior taxa Selic desde 2016.

No momento, o mercado financeiro segue apostando em uma nova elevação de 0,50 ponto percentual na taxa de juros já na próxima reunião do Copom, em 5 e 6 de novembro.

De acordo com a mais recente projeção dos 150 analistas consultados semanalmente pelo Banco Central, a Selic passaria dos atuais 10,75% ao ano para os 11,25% ao ano no mês seguinte.

Para o fim de 2024, a estimativa é de que a taxa de juros do país fique em 11,75% ao ano — a mesma prevista no Relatório Focus publicado na semana passada.

Lula diz confiar em Galípolo

Em uma das declarações de apoio a Galípolo, o presidente Lula afirmou que confia nas decisões do atual diretor de Política Monetária do BC sobre a condução da taxa Selic no país.

6 imagens

Gabriel Galípolo, diretor do BC

Galípolo foi indicado para assumir a presidência do Banco Central
O diretor de Política Montéria do Banco Central, Gabriel Galípolo
Gabriel Galípolo foi secretário-executivo do ministro Fernando Haddad
Gabriel Galípolo foi indicado à Diretoria de Política Monetária do BC
1 de 6

Galípolo trabalha no Banco Central desde 2023

Hugo Barreto/Metrópoles

2 de 6

Gabriel Galípolo, diretor do BC

Hugo Barreto/Metrópoles

3 de 6

Galípolo foi indicado para assumir a presidência do Banco Central

Hugo Barreto/Metrópoles

4 de 6

O diretor de Política Montéria do Banco Central, Gabriel Galípolo

Hugo Barreto/Metrópoles

5 de 6

Gabriel Galípolo foi secretário-executivo do ministro Fernando Haddad

Hugo Barreto/Metrópoles

6 de 6

Gabriel Galípolo foi indicado à Diretoria de Política Monetária do BC

Hugo Barreto/Metrópoles

Segundo o petista, “se tiver que abaixar juros, abaixa, [e] se tiver que aumentar, aumenta. Mas tem que ter explicação, tem que ter meta de crescimento, senão, não vai a lugar nenhum”.

Nas declarações de 30 de agosto, o chefe do Planalto disse que Galípolo “tem perfil de uma pessoa competentíssima e um brasileiro que gosta do Brasil”.

“Não gosto de falar a palavra gênio. É muito competente. Ele vai atuar com a autonomia que atuou o [Henrique] Meirelles”, garantiu Lula em entrevista à rádio MaisPB.

Calendário do Copom para 2024

Novembro

  • Reunião do Copom: 5 de novembro
  • Reunião do Copom: 6 de novembro
  • Divulgação da ata do Copom: 12 de novembro

Dezembro

  • Reunião do Copom: 10 de dezembro
  • Reunião do Copom: 11 de dezembro
  • Divulgação da ata do Copom: 17 de dezembro
Adicionar aos favoritos o Link permanente.