Suspeito de matar Brent Sikkema atuou como ‘faz-tudo’ do galerista em Cuba; polícia ouve novos depoimentos


A Delegacia de Homicídios já ouviu três pessoas após a prisão do cubano Alejandro Triana Prevez, que nega o crime. Polícia apura possível relacionamento anterior ao assassinato. Alejandro Triana Prevez foi preso por morte de galerista no Jardim Botânico
Reprodução
A Delegacia de Homicídios da Capital já ouviu três depoimentos depois da prisão, do cubano Alejandro Triana Prevez, principal suspeito do assassinato de Brent Sikkema, no Jardim Botânico, na Zona Sul do Rio.
De acordo com investigadores, Prevez já trabalhou como uma espécie de funcionário “faz-tudo” para Brent quando o americano morou em Cuba.
Prevez foi preso em Minas Gerais no dia 18 de janeiro. Trazido ao Rio na noite de sexta-feira (19), Alejandro prestou depoimento na Delegacia de Homicídios da Capital (DHC), na manhã de sábado (20).
Brent Sikkema
Divulgação
Alejandro negou ter assassinato Brent Sikkema.
A Polícia Civil segue com os depoimentos para entender possíveis motivações do crime e encontrar mais provas. O caso, a princípio, é tratado como latrocínio — roubo seguido de morte.
Possível relacionamento
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Segundo testemunhas, o cubano já tinha um relacionamento com o galerista antes do homicídio. A informação é apurada pela polícia.
Um motorista de aplicativo, que prestava serviços para Brent, disse que viu o norte-americano falando por videochamada com um homem que não falava inglês fluentemente no dia 11 de janeiro, durante uma corrida.
Em depoimento à polícia, a testemunha contou que não conseguiria reconhecer o homem, mas disse se tratar de um “jovem, de pele morena.”
O motorista disse ainda que Brent estava tranquilo durante a ligação e falou “eu te amo” para o rapaz.
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Durante a audiência de custódia, quando ainda estava na penitenciária de Uberaba, ele contou ao juiz que veio morar no Brasil depois de se formar.
“Eu terminei o ensino superior em Cuba e vim aqui pro Brasil e fui professor de matemática, professor de línguas estrangeiras, ensinei espanhol.”
Disse que atualmente morava em São Paulo, no apartamento de uma madrinha. “Eu não sei como falar, se é alugado ou se é próprio. Deu para mim (sic), minha madrinha, pra eu morar.”
Segundo a polícia, Alejandro veio de São Paulo para o Rio só para cometer o crime.
Para os investigadores, é ele quem aparece em imagens em frente à casa de Brent, no Jardim Botânico. Segundo a polícia, ele entra e lá permanece por catorze minutos. Depois sai e tira a luva que usava.
O corpo de Brent só foi encontrado no dia seguinte, por uma amiga. Ele estava com 18 perfurações no tórax e no rosto. O depoimento da amiga foi fundamental para ajudar a polícia a esclarecer as circunstâncias em que o americano foi morto.
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