Adriane Lopes diz que folha secreta é fake news, promete ônibus com ar-condicionado e construção de hospital municipal

Candidata à prefeitura de Campo Grande foi a terceira a participar da série de entrevistas do MS1. A candidata à prefeitura de Campo Grande pelo PP, Adriane Lopes, disse nesta quarta-feira (25), ao MS1, que, se reeleita, a cidade contará com uma frota de ônibus com ar-condicionado à disposição dos usuários do transporte coletivo. Veja a entrevista na íntegra acima
“Eu estou propondo a mudança da matriz energética, trazendo ônibus com ar-condicionado. A proposta foi feita à concessionária. Se eles não aceitarem, haverá uma rescisão desse contrato. A proposta de modernização está sendo feita para mudança. Se, no formato atual, eles alegarem que não têm condições, com a modernização, barateando o custo do combustível, asfaltando as linhas de ônibus para que os ônibus não quebrem mais, se eu baratear esse custo e eles disserem que não têm condições, com certeza eu vou rescindir o contrato”, advertiu.
Durante a entrevista, ela também prometeu construir um hospital municipal. “Se você comparar o valor que se gasta hoje, vai entender que esse valor não é alto. Hoje, gasto R$ 40 milhões em compra de vagas por mês nos hospitais filantrópicos e particulares, e R$ 16 milhões na realização de exames. Eu estou propondo uma construção moderna, e não é só um hospital, é um complexo… É um complexo hospitalar, onde nós vamos realizar 15 mil exames por mês… Vamos realizar 1.200 consultas por dia e teremos mais de 259 leitos. Se você parar para pensar, estamos gastando R$ 56 milhões por mês pactuando vagas nos hospitais… O que estou propondo é o caminho da solução para a saúde em Campo Grande”.
Adriane Lopes foi a terceira da série de entrevistas do MS1 com os postulantes à prefeitura de Campo Grande. Nesta quinta-feira (26), será entrevistada Rose Modesto (União Brasil); Luso Queiroz (PSOL), no dia 27; Beto Figueró (Novo), no dia 30; Camila Jara (PT), no dia 1º; e Jorge Batista (PCO), no dia 2.
As entrevistas terão duração de 15 minutos, e as íntegras ficarão disponíveis no Globoplay.
Folha secreta
Adriane Lopes (PP) foi entrevistado no MS1 desta quarta-feira (25)
Débora Ricalde/ g1MS
Sobre as divergências encontradas pelo Tribunal de Contas do Estado nas despesas com pessoal na prefeitura de Campo Grande, com altos salários sendo pagos a servidores comissionados, assunto que foi parar na Câmara de Vereadores da cidade, onde ficou conhecido como “Folha Secreta”, a candidata disse que se trata de uma fake news.
“Eu quero agradecer por essa pergunta. Eu preciso esclarecer, de uma vez por todas, para quem está em casa nos assistindo, que não existe Folha Secreta; isso hoje é uma fake news. Sabe por quê? Isso foi criado em gestões anteriores… A gente precisa lembrar onde foi que começaram esses encargos especiais a serem pagos para servidores da prefeitura. Não fui eu que criei, eu herdei e coloquei um ponto final nessa situação, e de que forma? Hoje, o Portal da Transparência da Prefeitura Municipal de Campo Grande é um modelo para os órgãos do próprio Tribunal de Contas. É um modelo, e hoje somos a segunda cidade em transparência no Brasil. Aquilo que herdei, eu tive que consertar. Agora, da gestão passada, anterior à minha, eu não posso responder, mas do período que sentei na cadeira, assumi a responsabilidade e mostrei como fazer, colocando transparência”.
Apoio do PL, de Bolsonaro
A candidata comentou ainda sobre a tentativa frustrada de seu partido em buscar uma coligação com o PL, do ex-presidente da República Jair Bolsonaro. “Bom, eu sou conservadora, sou de direita, e nós buscamos, sim, o apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro. Teresa Cristina é uma pessoa muito importante nesse processo; é a presidente estadual do meu partido, Progressistas, e ela esteve nessa intermediação. Não foi possível obter o apoio do PL aqui em Campo Grande, mas isso não fez com que a gente parasse ou deixasse de apresentar as nossas propostas para Campo Grande, até porque eu cheguei até aqui sem o apoio deste partido, o PL. Estamos dando continuidade, apresentando as nossas propostas e mostrando o nosso trabalho”.
A progressista também explicou sobre ter aparecido em horário eleitoral treinando em um estande de tiros e se isso seria uma tentativa de conseguir apoio do eleitorado que é Colecionador, Atirador Desportivo e Caçador (CAC).
“Eu acho que as pessoas ainda não me conhecem, porque dois anos é pouco tempo, e nesses dois anos vocês já devem ter passado por essa situação. Nós vivemos ainda numa sociedade muito machista. Então, na minha experiência para chegar até aqui, tive que quebrar algumas barreiras, mostrando o que é possível uma mulher fazer à frente da gestão de uma prefeitura de uma cidade de quase um milhão de habitantes. E tem coisas da minha vida e da minha história que talvez os nossos espectadores, você que está em casa, não conheçam ainda, mas fazem parte da minha trajetória para eu chegar até aqui”.
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