Vídeo mostra sucateamento de emergência de hospital público no DF

A emergência do Hospital Regional do Gama (HRG) está sucateada. O setor responsável pelo acolhimento de pacientes em estado grave sofre com problemas de infraestrutura como cadeiras, mesas quebradas e fios soltos.

O Metrópoles entrevistou profissionais de saúde do Núcleo de Regulação de Emergência Médica (Nurem). Os nomes deles serão mantidos em sigilo.

Veja:

Há mais de dois anos, a equipe solicita melhores condições de trabalho para o tratamento dos pacientes, mas os pedidos são ignorados e o sucateamento avança a cada mês.

Acompanhe:

4 imagens

Servidores precisam comprar a própria água

Além das cadeiras quebradas, unidade sofre sem ar-condicionado
Servidores denunciaram o problema à pasta da Saúde, mas nada foi feito
1 de 4

A emergência sofre com um grave problema de sucateamento

Material cedido ao Metrópoles

2 de 4

Servidores precisam comprar a própria água

Material cedido ao Metrópoles

3 de 4

Além das cadeiras quebradas, unidade sofre sem ar-condicionado

Material cedido ao Metrópoles

4 de 4

Servidores denunciaram o problema à pasta da Saúde, mas nada foi feito

Material cedido ao Metrópoles

Segundo a equipe, a situação é alarmante e as condições de trabalho estão insalubres, prejudicando tanto a saúde dos trabalhadores quanto a eficiência no atendimento à população.

Os profissionais solicitaram cadeiras novas e, apesar de computadores novos, a área amarga teclados quebrados. No setor de regulação de emergência, onde agilidade e precisão são essenciais para salvar vidas, essa deficiência tecnológica se torna um obstáculo adicional.

Sem água e banheiro

Mesas e bancadas estão danificadas. Frequentemente, os profissionais de saúde precisam levar a própria água para beber no hospital. Não há sequer uma pia, bebedouro ou banheiro próximo, forçando os trabalhadores a se deslocarem para outros setores do hospital para suprirem necessidades básicas.

O ambiente é extremamente quente. Não há ar-condicionado, tornando o local ainda mais insuportável, especialmente no atual período de calor intenso e seca.

Outro fator crítico é a falta de privacidade e segurança. Apenas um vidro separa os trabalhadores dos pacientes, expondo-os constantemente e gerando desconforto e insegurança. Os armários também estão em estado deplorável, com espaço insuficiente para todos os funcionários. Isso obriga muitos a improvisarem soluções para guardar seus itens pessoais.

Outro lado

A Secretaria de Saúde do DF (SES-DF) informou que possui contrato regular de manutenção vigente, o que permite que as unidades de saúde sejam revitalizadas e reparos emergenciais sejam imediatamente realizados. A pasta argumentou que a emergência do HRG passa por revitalização há um ano.

A secretaria declarou que, por meio do Programa de Descentralização Progressiva de Ações de Saúde (PDPAS), serão adquiridas cadeiras, macas, camas, aparelhos de ar condicionado entre outros itens necessários para o bom funcionamento da unidade.

Segundo a pasta, no pronto socorro (PS) e na internação da Clínica Médica houve a adequação do Box de Emergência e de toda retaguarda de internação do PS Clínico. Também houve revitalização parcial do andar térreo e do primeiro andar (com troca de todo o piso e pintura das paredes).

A secretaria afiançou que o setor de nefrologia do HRG foi totalmente revitalizado. O que tornou possível a expansão do serviço de diálise peritonial com mais 50 vagas. O número de consultórios na Nefrologia foi ampliado, houve melhorias nas janelas, pisos, paredes, tetos e banheiros. Além disso, toda a rede elétrica passou por adequações.

Adicionar aos favoritos o Link permanente.