Cármen Lúcia diz que violência na campanha afeta a democracia e pede que partidos e candidatos ‘tomem tenência’

Presidente do TSE afirmou ainda que ‘eleição não é violência’. Ministra disse que vai pedir celeridade aos órgãos responsáveis na apuração e condenação de casos de agressões eleitorais. A ministra Cármen Lúcia, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), criticou atos de violência ocorridos durante a atual campanha eleitoral. Ela destacou que essas práticas afetam diretamente a democracia. Em pronunciamento, a ministra anunciou medidas para combater esses atos e reforçou a necessidade de partidos e candidatos agirem com responsabilidade.
“Há que se exigir, em nome do eleitorado brasileiro, que candidatos e seus auxiliares de campanha deem-se ao respeito. E, se não se respeitam, respeitem a cidadania brasileira, pois ela não está à mercê de cenas e práticas que envergonham e ofendem a civilidade democrática. Há que conclamar também os partidos políticos a que tomem tenência”, afirmou a presidente do TSE.
“A violência praticada no ambiente da política desrespeita não apenas o agredido, mas ofende toda a sociedade e a democracia”, disse a ministra.
“Comunico aos eleitores e eleitoras brasileiros que estou encaminhando ofício à Polícia Federal, ao Ministério Público Federal e aos presidentes dos três poderes, para que deem celeridade, efetividade e prioridade às funções que exercem de investigação, acusação e julgamento de todos os que cometem atos contrários ao direito eleitoral e que agridam a cidadania”, afirmou a ministra.
Cármen Lúcia ressaltou que os casos de violência têm se repetido com frequência, representando uma afronta à atividade política, que deveria ser nobre e voltada ao diálogo e ao respeito. “Política não é violência. A prática da violência na política desrespeita não só o agredido, mas toda a sociedade e a própria democracia”, completou.
A ministra também fez um apelo aos partidos e candidatos para que “tomem tenência” e ajam de maneira a garantir um processo eleitoral pacífico e respeitoso. As declarações refletem a preocupação crescente com o aumento de atos agressivos durante a campanha, que têm gerado tensão e ameaçado o equilíbrio democrático do país

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