Suspeito de atear fogo no Pico das Cabras é multado em R$ 6,7 milhões, diz Polícia Ambiental


Segundo a corporação, homem danificou 987 hectares de ‘vegetação nativa e exótica, dentro e fora de área de preservação permanente e em APA [Área de Preservação Ambiental] estadual’. Homem causou destruição de 987 hectares na Serra das Cabras, segundo a Polícia Ambiental
Polícia Ambiental/Divulgação
O homem de 47 anos suspeito de atear fogo no Pico das Cabras, em Campinas (SP), foi multado em R$ 6.749.972,50, segundo a Polícia Ambiental.
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Segundo a corporação, o homem danificou 987 hectares de “vegetação nativa e exótica, dentro e fora de área de preservação permanente e em APA [Área de Preservação Ambiental] estadual”.
Para definir o valor, a polícia analisou a dimensão dos danos com o auxílio de imagens de satélite. A defesa de Régis Cristian da Silva foi procurada pela EPTV, afiliada à TV Globo, mas não quis se manifestar.
Prisão preventiva
No dia 11 de setembro, a Justiça converteu a prisão em flagrante do suspeito em preventiva após audiência de custódia. Régis havia sido localizado por policiais no dia anterior.
Moradores da região monitoravam o carro do suspeito, com placas de Vinhedo (SP), desde o fim de semana. Durante a abordagem, foram localizados os seguintes objetos dentro do veículo:
dois sacos de estopa branca;
dois frascos de substância inflamável;
uma lata de cera;
uma lata enrolada com linha;
uma mecha de estopa branca escondida na coifa.
Suspeito de atear fogo na região do Pico das Cabras foi encontrado após ser monitorado por moradores
Gustavo Biano/EPTV
Investigação
No dia 13 deste mês, o Ministério Público (MP-SP) abriu um inquérito para investigar as causas e os danos dos incêndios que atingiram a região do Pico das Cabras, em Campinas, Morungaba (SP) e Itatiba (SP).
O objetivo da investigação é, segundo o MP-SP:
apurar as causas do incêndio;
apurar os danos ambientais;
identificar os responsáveis;
verificar as medidas necessárias para reparação dos danos causados.
Ainda de acordo com o MP-SP, a promotora questionou a Polícia Militar Ambiental sobre:
o foco inicial do incêndio;
a causa;
o levantamento das áreas atingidas.
O inquérito também questionou a Companhia Ambiental do Estado (Cetesb) sobre um eventual pedido de autorização para uso de fogo em prática agrícola para o mês de setembro nos municípios de Campinas e Morungaba.
A promotoria pediu acesso ao boletim de ocorrência sobre o incêndio, ao auto de prisão e de apreensão de materiais encontrados com o suspeito de iniciar o fogo. A Prefeitura de Campinas e o Corpo de Bombeiros também foram questionados.
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Denny Cesare/Código 19
Crime ambiental
Colocar fogo em mato é crime e traz riscos para as pessoas, os animais e a flora. Os danos são irreparáveis. Moradores podem entrar em contato com a Guarda Municipal pelo telefone 153 ou com a Polícia Militar pelo 190 se avistarem pessoas suspeitas de colocarem fogo em mato. Ao avistar uma queimada, é importante acionar o Corpo de Bombeiros pelo 193.
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