Responsáveis por incêndio que destruiu Parque do Pau Furado são multados em R$ 1 milhão

O incêndio atingiu o parque entre os dias 1º e 9 de setembro. O fogo teria começado em um condomínio de chácaras na zona rural de Araguari, onde estaria ocorrendo furto de energia elétrica. Parque Estadual do Pau Furado
João Ricardo/TV Integração
A Polícia Militar de Meio Ambiente (PMMA) identificou e multou os responsáveis pelo incêndio no Parque Estadual do Pau Furado em R$ 1.012.382,47. O fogo, que atingiu a região entre os dias 1º e 9 de setembro, queimou uma área de mais de 531 hectares, o equivalente a 743 campos de futebol.
Segundo apurado pela TV Integração, o fogo começou em um condomínio de chácaras na zona rural de Araguari, onde estaria ocorrendo furto de energia elétrica. Nesta segunda-feira (23), a associação de moradores responsáveis pelo empreendimento foi autuada a pagar a multa de R$ 1.012.382,47.
As chamas atingiram áreas comuns de pastagem e vegetação nativa, reservas legais e área de preservação permanente.
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Segundo a Polícia Militar, o crime provocou comoção social e impactos ambientais severos no período em que o incêndio estava ativo.
Em nota, a Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) afirmou que atuou, nesta segunda-feira, no apoio à Polícia Militar de Meio Ambiente para identificar as redes irregulares localizadas nas proximidades do Parque do Pau Furado.
A companhia disse, ainda, que as redes irregulares, além dos crimes previstos na legislação de furto de energia, podem trazer riscos de incêndios na vegetação e de choques para a população.
O g1 entrou em contato com a Polícia Civil e a Instituto Estadual de Florestas (IEF) e aguarda retorno.
Relembre
O incêndio no Parque Estadual do Pau Furado começou no primeiro dia de setembro e só foi controlado nove dias depois.
“Trabalhamos em conjunto para proteger esse verdadeiro patrimônio da humanidade. São muitas equipes empenhadas, é muito satisfatório ver o tamanho da solidariedade que todos aqui estão trabalhando para proteger o parque”, contou o major do Corpo de Bombeiros, Fabrício Araújo.
No dia 7 de setembro, os animais que fugiram por causa do fogo começaram a retornar ao parque, o que segundo especialistas indicou que as condições do local estavam melhores para a sobrevivência.
Os animais resgatados, que passaram por avaliação no Hospital Veterinário da Universidade Federal de Uberlândia (HV-UFU), também retornaram à mata. O filhote de mico resgatado no dia 6 permaneceu em observação.
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