Exposição no Parlamento Europeu busca apoio para iniciativas de restauração no Pantanal


Com registros de brasileiros, mostra traz fotografias que exibem as belezas e ameaças presentes no bioma. Mostra sobre o Pantanal foi montada na Esplanada Solidarność, em frente ao Parlamento Europeu, em Bruxelas
Environmental Justice Foundation (EJF)
O Parlamento Europeu recebeu uma exposição fotográfica com imagens do Pantanal na última semana. O objetivo é sensibilizar os parlamentares na busca por acordos internacionais que possam ajudar a proteger o que resta do bioma e restaurar o que foi perdido.
Organizada pela Environmental Justice Foundation (EJF) e pelo Instituto SOS Pantanal em parceria com Documenta Pantanal, Chalana Esperança e Wetlands International, a exposição foi montada na Esplanada Solidarność, em frente ao Parlamento Europeu, em Bruxelas.
A mostra, que estará disponível até 27 de setembro, conta com registros dos fotógrafos Edson Vandeira, Ernane Lacerda, Flávia Zagury, Gustavo Figueirôa, Heideger Nascimento, Henrique Olsen, João Marcos Rosa, Lalo de Almeida, Maurício Copetti e Thamys Trindade.
Segundo os organizadores, a ideia é mostrar a dualidade do cenário existente no Pantanal. De um lado, a beleza das paisagens e dos animais, e de outro, as imagens perturbadoras de incêndios, áreas desmatadas e outras ameaças que o bioma enfrenta.
Painéis trazem imagens e informações sobre o Pantanal
Environmental Justice Foundation (EJF)
Além da exposição, o grupo de defensores também participa de sessões com no parlamento em um evento convocado pela EJF e outros parceiros. A inauguração da exposição teve a presença do embaixador do Brasil junto à União Europeia, Pedro Miguel da Costa e Silva.
As iniciativas ocorrem em um momento crítico no qual o Pantanal enfrenta seca histórica e uma crise ambiental sem precedentes, agravada por incêndios devastadores.
“Precisamos alertar a comunidade internacional para o que está acontecendo na maior planície alagável do planeta, unir esforços e desenhar estratégias de cooperação para proteger o que nos resta e restaurar o que foi perdido”, comenta a bióloga Luciana Leite, defensora da Biodiversidade e do clima da Environmental Justice Foundation.
Pacto pelas áreas úmidas
“O nosso objetivo é o estabelecimento de um pacto pelas áreas úmidas entre a UE e o Brasil, a ser assinado na COP30, em Belém”, afirma Luciana.
O embaixador do Brasil junto à União Europeia, Pedro Miguel da Costa e Silva, e a bióloga Luciana Leite.
Environmental Justice Foundation (EJF)
Segundo documento apresentado aos parlamentares, as áreas úmidas são o tipo de ecossistema mais ameaçado, desaparecendo em taxas alarmantes, três vezes mais rápido do que as florestas.
Em todo o mundo, elas desempenham um papel importante na sustentação da economia, dos meios de subsistência, da resiliência climática e da biodiversidade. Ainda assim, são geralmente negligenciados ou insuficientemente abordados em relação a outras estruturas ambientais.
Também estamos conversando com estados membros, como a Alemanha, para pensarmos juntas formas de financiamento da proteção e restauração das áreas úmidas, que são soluções baseadas em natureza essenciais contra o colapso climático e a crise da biodiversidade”, finaliza a especialista.
Combate aos incêndios no Pantanal.
GOV-MS/Reprodução
“Ainda há tempo de salvarmos a maior área úmida tropical do mundo. Protegendo o que nos resta e restaurando o que foi perdido podemos alcançar esse objetivo. Mas isso exige um esforço coletivo e nós precisamos agir agora. Despertar essa consciência e essa urgência de proteger esse ecossistema único e vital para toda a humanidade é o objetivo dessa iniciativa”, disse Steve Trent, presidente e fundador da EJF.
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