Sequestradores começaram a monitorar empresário de Curitiba 14 dias antes do crime, diz polícia


Funcionária do empresário planejou a ação, segundo polícia. Seis pessoas foram presas por envolvimento no caso. Eles tentaram transferir R$ 3 milhões da conta do empresário. Vídeo mostra momento em que empresário é sequestrado em Curitiba
O grupo suspeito de sequestrar um empresário dono de uma distribuidora de equipamentos médicos de Curitiba começou a monitorá-lo cerca de 14 dias antes do crime. É o que afirma o delegado Thiago Teixeira, responsável pelas investigações do caso.
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Câmeras de segurança registraram o momento em que o empresário foi sequestrado após um acidente de carro na noite de terça-feira (19). Assista ao vídeo acima.
O carro da vítima foi encontrado incendiado um dia depois. O empresário foi resgatado cerca de 18 horas depois, em Monte Castelo, Santa Catarina, após os suspeitos serem perseguidos pela polícia.
As investigações apontam que o sequestro foi planejado por uma funcionária da vítima. Ela e outras cinco pessoas foram presas suspeitas de envolvimento no crime, entre elas o sobrinho e o marido da funcionária.
A funcionária, o sobrinho e outros três suspeitos permanecem presos e vão responder por extorsão mediante sequestro. O marido da funcionária foi ouvido e liberado.
Carro do empresário foi encontrado incendiado
RPC
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Suspeitos tentaram transferir R$ 3 milhões da conta da vítima
Polícia já ouviu os seis envolvidos em sequestro de empresário, em Curitiba
De acordo com as investigações, o grupo provocou um acidente e sequestrou a vítima. Na sequência, o homem foi forçado a entrar no próprio carro e foi levado pelos criminosos. Horas depois, o veículo foi encontrado incendiado.
Enquanto esteve sob o domínio dos suspeitos, o empresário foi forçado a transferir dinheiro da conta bancária. Eles pediram cerca de R$ 3 milhões.
O plano não se concretizou porque o gerente do banco, ao perceber o valor que seria transferido, desconfiou, bloqueou a conta, e acionou a polícia.
“A ideia deles era permanecer com a vítima até o amanhecer para efetuar a transferência dos R$ 3 milhões, que eles não conseguiram inicialmente. Como só poderiam fazer durante o dia, eles estavam com a vítima para efetuar essa transação”, explicou Teixeira.
Funcionária foi mentora do crime, diz polícia
Segundo a polícia, a funcionária que planejou o sequestro “contratou” o sobrinho e amigos dele para auxiliar no crime.
“A funcionária da empresa fez contato com um sobrinho dela, explicou toda a situação do crime, o que deveria ser feito, e esse sobrinho teria angariado mais três pessoas para praticar o crime”, explicou o delegado.
Dias antes do crime, ela alugou um carro para dar cobertura no sequestro. Depois, registrou uma queixa de roubo do veículo.
O carro aparece entrando em um motel de Curitiba, usado como cativeiro pelos sequestradores. Assista:
Suspeitos de sequestrar empresário de Curitiba usaram motel como cativeiro, afirma polícia
O que dizem os envolvidos
Em nota, a defesa dos presos disse que aguarda “o desenrolar das investigações e que confia na polícia”.
O advogado da funcionária, Igor Ogar, disse ainda que a situação não se trata de um caso de sequestro “propriamente dito, pois existem muitas situações que devem ser ainda investigadas”.
A família do empresário informou, também em nota, que ele está bem, mas que não vai comentar a suspeita do crime ter sido planejado por uma funcionária dele.
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