Veja o que é #FATO ou #FAKE na sabatina de Tabata Amaral para O GLOBO, Valor, Extra e CBN


Candidata do PSB foi a terceira entrevistada da série com postulantes à prefeitura de São Paulo. Tabata Amaral foi sabatinada por jornalistas de O GLOBO, Valor, Extra e CBN
Maria Isabel Oliveira/Agência O Globo
A deputada federal Tabata Amaral (PSB) participou nesta quinta-feira (19) da série de sabatinas com os candidatos à prefeitura de São Paulo realizada pelos jornais O GLOBO, Extra e Valor e pela rádio CBN. Já na próxima semana, no dia 23, é Pablo Marçal (PRTB) quem será entrevistado, seguido de Guilherme Boulos (PSOL) no dia 24. O prefeito Ricardo Nunes (MDB) abriu a rodada na segunda-feira (16) e o jornalista José Luiz Datena (PSDB) participou nesta quarta-feira (18).
As entrevistas com os candidatos em São Paulo têm transmissão ao vivo pela rádio e nos sites e redes sociais dos três veículos. Elas têm início às 10h30 (horário de Brasília), com duração aproximada de uma hora. A cobertura, no site e na edição impressa do GLOBO, contará com reportagens e análises sobre cada sabatina.
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A ordem das sabatinas foi definida por sorteio, mas as datas precisaram sofrer ajustes por conta da agenda de debates. Foram chamados os cinco candidatos mais bem colocados na última pesquisa eleitoral de São Paulo divulgada pelo instituto Datafolha.
As sabatinas representam uma oportunidade para que os candidatos detalhem propostas para a cidade, e também para que sejam questionados sobre diferentes aspectos de suas atuações políticas. Os entrevistadores dos candidatos de São Paulo serão as colunistas Vera Magalhães e Malu Gaspar, do GLOBO e da CBN, os âncoras da rádio Débora Freitas e Fernando Andrade, e a colunista Maria Cristina Fernandes, do Valor e da CBN.
A equipe do Fato ou Fake checou as principais declarações de Tabata do Amaral. Leia:
“No último ano, aumentou ainda mais o deslocamento das pessoas. O trabalhador, a trabalhadora, ficando mais de 2h45 no trânsito (de São Paulo).”
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A declaração é #FATO. Veja por quê: Segundo a Rede Nossa São Paulo, em pesquisa realizada pelo Ipec (antigo Ibope), os paulistanos levam duas horas e vinte e cinco minutos, em média, para completar todos os seus deslocamentos diários na cidade de São Paulo. O número é um minuto menor do que o índice de 2023 e seis minutos maior do que a pesquisa identificou em 2022.
“Tem um dado da pandemia que me marcou muito. De cada dez estudantes da rede estadual aqui em São Paulo, sete tinham algum sintoma de depressão e ansiedade.”
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A declaração é #FATO. Veja por quê: Em abril de 2022, a Secretaria da Educação do Estado de São Paulo (Seduc), em parceria com o Instituto Ayrton Senna, realizou um estudo que identificou que 70% dos alunos da rede estadual de São Paulo tinham sintomas ligados à depressão e à ansiedade.
Os dados foram obtidos a partir de pesquisa com 642 mil alunos entre o 5º e 9º ano do ensino fundamental e do último ano do ensino médio.
“(…) Custo a acreditar que São Paulo vai apostar na mesmice, vai optar pelo menos pior, vai ficar nessa mediocridade do Ricardo Nunes, que agora diz que é contra a vacina. Ele desonra o legado do Bruno Covas.”
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#NÃOÉBEMASSIM. Veja por quê: Questionada sobre o segundo turno da campanha, a candidata do PSB afirmou durante a sabatina que o prefeito e candidato à reeleição Ricardo Nunes (MDB) era contra a vacinação da Covid-19. No entanto, Nunes declarou em entrevista recente que, ao avaliar sua gestão de governo, durante a pandemia, se arrependeu de ter defendido a obrigatoriedade da vacina, e não ser contra a imunização como afirma a candidata. Procurada, a assessoria do candidato afirmou que “a frase do prefeito é clara e objetiva. Ele nunca disse ser contra qualquer tipo de vacina”.
— Hoje sou contra a obrigatoriedade da vacina — disse Ricardo Nunes na entrevista.
“De cada três pessoas, uma já teve o celular roubado [em São Paulo].”
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A declaração é #FATO. Veja por quê: Segundo pesquisa divulgada em março deste ano pelo Datafolha, 35% dos moradores de São Paulo já tiveram seu celular roubado. Ou seja, em média, 1 em cada 3 pessoas que vivem na capital foram vítimas deste crime.
Metade delas são jovens, com idades entre 25 e 34 anos. Quem vive na região central da cidade corre mais risco de ter seu aparelho levado, mostra a pesquisa. Do total de 1.090 entrevistados, 16% afirmaram que foram roubados mais de uma vez.
O Datafolha projeta ainda que 14,7 milhões de pessoas tenham sido vítimas durante o período pesquisado, com base na proporção de entrevistados que relataram roubos e furtos e o tamanho da população. Isso equivale a pelo menos 1.680 celulares levados por criminosos a cada hora no país.
Já o Anuário 2024 do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP) aponta que o estado de São Paulo tem o maior número absoluto tanto de roubos (147.682) quanto de furtos de celulares (157.810) em comparação com todos os estados brasileiros, no período 2022-2023. Responsável por uma parte significativa das ocorrências no Brasil, São Paulo representa 33,3% dos roubos e 31,9% dos furtos de celulares em 2023 no país.
Ainda segundo os dados do FBSP, São Paulo figura na terceira colocação no ranking de cidades com maiores taxas de roubo e furto de celular do Brasil: 1.781,6 a cada 100 mil habitantes. Além disso, 15 das 50 cidades com as maiores taxas de roubo e furto de celular estão no estado de São Paulo.
“De cada três consultas que são marcadas aqui em São Paulo, uma sequer acontece. Enquanto tem gente esperando há meses, há anos, para marcar a sua consulta.”
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#NÃOÉBEMASSIM. Veja por quê: De acordo com o Boletim Ceinfo Saúde em Dados 2023, a média de espera para uma consulta na atenção básica em São Paulo é de aproximadamente 22 dias. O bairro com o maior tempo de espera é Itaquera, na Zona Leste, com média de 32 dias, enquanto o local que apresenta o menor tempo de espera é M’Boi Mirim, na Zona Sul, com uma média de 9 dias. ​​
Com base nos dados de todos os bairros de São Paulo, a média indica que, de cada 100 consultas agendadas, cerca de 54 são efetivamente realizadas. Isso significa que 46% das consultas marcadas não são realizadas, ou seja, mais do que a candidata diz não acontecer (33,33%). Os números condensam dados de Perdas Primárias, ou seja, que indicam a não utilização das vagas disponibilizadas; já as Perdas Secundárias, representam os faltosos agendados.
“Eu poderia trazer muitos argumentos aqui do que eu to vendo nas ruas, do fato de eu ter a menor rejeição, ser a única que não perde para ninguém no segundo turno. Mas eu não acho que são essas coisas que importam nesse momento.”
Participaram desta checagem: Daniel Biasetto, Filipe Vidon, Giovanna Durães, Klauson Dutra, Letícia Dauer, Lucas Guimarães, Mel Trindade, Nathália Flach e Thamila Soares.
Fato ou Fake explica:
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