Caruru de São Cosme e Damião é reconhecido como patrimônio imaterial da Bahia


Título foi aprovado em reunião do Conselho Estadual de Cultura (CEC) nesta quinta-feira (19). Caruru, vatapá, xinxim de frango e outros preparos do tradicional caruru
Denise Pithon/Arquivo pessoal
Tradicionalmente ofertado no mês de setembro, em homenagem a santos e divindades católicos e do candomblé, o caruru de São Cosme e Damião foi reconhecido como patrimônio imaterial da Bahia.
O título foi aprovado pelo pleno do Conselho Estadual de Cultura (CEC), em votação unânime, nesta quinta-feira (19). A oficialização será no dia 27 de setembro, quando se celebra o Dia de São Cosme e Damião.
Feito com quiabo cortado, camarão seco e azeite de dendê, entre outros ingredientes, o caruru costuma ser servido primeiro às crianças — por isso, a tradição é também conhecida como “caruru de sete meninos”. Depois, os adultos são convidados a comer.
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Ainda segundo o costume, quem encontrar um quiabo inteiro no prato deve oferecer um caruru completo no próximo ano.
Para a vice-presidente da Câmara de Patrimônio Histórico, Artístico, Arqueológico e Natural (CPHAAN), conselheira Evanice Lopes, não há dúvidas de que a festa “é uma das principais e mais antiga manifestação religiosa popular baiana, reunindo características próprias na junção de símbolos místicos e elementos plurais do sincretismo religioso baiano como estratégia de festejar, celebrar e agradecer”. Evanice foi autora do parecer favorável à aprovação.
Em apoio ao título, o presidente da CPHAAN, Táta Ricardo, defendeu a importância econômica dessa aprovação. A manifestação religiosa aquece a economia criativa e o mercado formal e informal em diversos municípios durante todo o mês de setembro.
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