Empresa dos EUA inicia jornada para minerar asteroides e lucrar na Terra!

A exploração de metais preciosos no espaço é uma ideia que tem ganhado força nos últimos anos. Metais como ouro, platina, cobre, paládio, cobalto e tungstênio são essenciais para a tecnologia moderna, mas não estão disponíveis em abundância na Terra. Em contrapartida, esses recursos são encontrados em grande quantidade no espaço. A empresa americana AstroForge está na vanguarda dessa corrida espacial, lançando uma nave com um investimento de mais de US$ 55 milhões (aproximadamente R$ 337 milhões). O objetivo é alcançar um asteroide rico em minérios e, futuramente, extrair esses recursos para uso na Terra.

Embora a mineração espacial não seja uma ideia nova, a AstroForge está mais próxima do que qualquer outra empresa de concretizar esse objetivo. Nos últimos dez anos, várias empresas anunciaram planos semelhantes, mas nenhuma conseguiu avançar significativamente. Agora, a AstroForge busca ser a primeira a realizar uma missão operacional além da Lua, algo que nenhuma empresa comercial conseguiu até hoje.

Qual é o Plano da AstroForge para a Mineração Espacial?

Foguete – Créditos: depositphotos.com / ivazyah.art

A nave Odin, desenvolvida pela AstroForge, tem como destino o asteroide 2022 OB5, classificado como tipo M. Esse tipo de asteroide representa cerca de 5% das rochas espaciais conhecidas e pode conter grandes quantidades de metal. A missão inicial da Odin é de reconhecimento, com uma jornada de 300 dias até o asteroide. Durante esse período, a nave captará imagens a uma distância de quase mil metros, ao longo de cinco horas, para verificar a presença de metais.

Se a composição metálica do asteroide for confirmada, isso poderá abrir caminho para a mineração espacial. Metais preciosos do grupo da platina, por exemplo, são amplamente utilizados em dispositivos eletrônicos, como smartphones. No entanto, mesmo com a confirmação da presença de metais, a AstroForge ainda não possui um plano imediato para a extração desses recursos.

Desafios e Potenciais da Mineração Espacial

O sucesso da missão da AstroForge não é garantido. A primeira missão da empresa, a Brokkr-1, foi lançada em abril de 2023 para testar a tecnologia de refino de asteroides, mas enfrentou problemas e acabou queimando na atmosfera. Apesar disso, a possibilidade de mineração espacial continua a ser uma perspectiva atraente. Estima-se que um único asteroide poderia suprir a demanda da indústria tecnológica por centenas de anos, gerando uma riqueza incalculável.

Além dos desafios técnicos, a AstroForge enfrenta questões legais relacionadas à propriedade dos recursos espaciais. Nos Estados Unidos, uma lei permite que empresas privadas detenham a posse dos minérios extraídos no espaço. No entanto, essa legislação não impede que outras empresas explorem o mesmo local descoberto pela AstroForge, o que pode gerar disputas futuras.

O Futuro da Mineração Espacial

Enquanto a AstroForge avança em sua missão, a mineração espacial continua a ser um campo repleto de incertezas e potencial. Se bem-sucedida, a exploração de asteroides pode revolucionar a forma como a humanidade obtém recursos naturais, reduzindo a pressão sobre os recursos terrestres e abrindo novas possibilidades para a exploração espacial. A missão da Odin representa um passo significativo nessa direção, mas ainda há um longo caminho a percorrer antes que a mineração espacial se torne uma realidade viável.

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