Petrobras tem prejuízo de R$ 17 bi no trimestre, mas paga R$ 102 bi em dividendos em 2024

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A Petrobras divulgou, nesta terça-feira, 26, seu balanço financeiro do quarto trimestre de 2024 (4T24), revelando um prejuízo de R$ 17 bilhões no período, impactado pela desvalorização cambial e provisões operacionais. No acumulado do ano, a estatal registrou um lucro líquido de R$ 36,6 bilhões, uma queda de 70% em relação a 2023. A receita anual também recuou 4,1%, totalizando R$ 490,8 bilhões. A companhia manteve a política de remuneração aos acionistas e distribuiu R$ 102,6 bilhões em dividendos ao longo do ano – dos quais R$ 37,9 bilhões foram destinados ao grupo de controle.

Segundo a empresa, o desempenho foi afetado principalmente pela variação cambial das dívidas em dólar, que pressionou o resultado financeiro em R$ 82,5 bilhões. O EBITDA Ajustado – principal indicador de geração operacional de caixa – atingiu R$ 40,9 bilhões no 4T24, uma queda de 35,7% na comparação trimestral.

A presidente da Petrobras, Magda Chambriard, afirmou que a empresa segue focada em entregar retornos aos acionistas e investir na transição energética. “O excelente resultado operacional e financeiro de 2024 demonstra, mais uma vez, a capacidade da nossa empresa de gerar valores que são revertidos para a sociedade e para os nossos investidores”, destacou Chambriard em comunicado aos acionistas.

A companhia também destinou R$ 91 bilhões em investimentos, representando 5% do total de investimentos do Brasil. O fluxo de caixa livre fechou o ano em R$ 124,1 bilhões, garantindo a continuidade dos projetos estratégicos da estatal. “Estamos retornando ao segmento de fertilizantes, com a operação da ANSA prevista para 2025 e a retomada das obras da UFN 3. Todas essas iniciativas contribuem para o crescimento sustentável da Petrobras, gerando retorno aos acionistas governamentais e privados e para a sociedade.”, afirmou Chambriard.

Prejuízo no 4T24 e balanço anual

A Petrobras encerrou 2024 com uma receita de R$ 490,8 bilhões, representando uma leve retração de 4,1% em relação a 2023. No último trimestre do ano, a companhia registrou:

  • Receita líquida: R$ 121,3 bilhões (-6,4% vs. 3T24)
  • EBITDA Ajustado: R$ 40,9 bilhões (-35,7% vs. 3T24)
  • Fluxo de caixa operacional: R$ 47,7 bilhões (-24,0% vs. 3T24)
  • Lucro líquido ajustado: R$ 17,7 bilhões
  • Prejuízo contábil: R$ 17 bilhões (impactado pela variação cambial)

A estatal também destacou a queda de 2% no preço do petróleo Brent em 2024, o que pressionou as margens do setor de refino e reduziu a rentabilidade da operação.

Perspectivas para 2025

Apesar do cenário desafiador, a Petrobras projeta avanços em sua estratégia de produção e refino para o próximo ano. O plano inclui um aumento de 100 mil barris por dia (bpd) na produção de petróleo, além da entrada em operação de três novas plataformas no pré-sal.

“A despeito da excelência de nossos resultados de 2024, queremos e iremos fazer muito mais. Teremos um incremento de 25 mil bpd de capacidade de processamento no refino e ampliaremos nossa oferta de gás para 50 milhões de metros cúbicos por dia em 2026”, disse a presidente.

Com um portfólio robusto de projetos e um compromisso contínuo com a geração de valor, a estatal segue como uma das principais empresas do setor energético global.

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