Robô aprende a fazer café sozinho apenas assistindo a vídeos

Robô aprende a fazer café sozinho apenas assistindo a vídeosNathan Vieira

Os robôs agora podem observar os humanos realizando tarefas, construir sua própria compreensão de como realizá-las e começar a fazer de forma totalmente autônoma. Prova disso é um vídeo compartilhado pela empresa Figure em suas redes sociais no último dia 7. No registro, o humanoide prepara uma xícara de café, em uma demonstração de que aprendeu a corrigir os próprios erros.

A filmagem mostra o modelo (apelidado de Figure 01) pegando uma cápsula de café, inserindo na cafeteira, fechando a tampa e ligando a máquina. O ponto importante é que o robô levou dez horas para estudar os vídeos e agora pode fazer algo sozinho.

Em seu site oficial, a empresa de robótica defende que seu objetivo, de modo geral, é “implantar ‘profissionais’ humanoides autônomos” na força de trabalho. Então, em vez de programar para cada ação individual, a ideia é que os robôs humanoides possam observar os humanos para aprender.

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Se esse processo de aprendizagem for robusto em uma ampla gama de tarefas diferentes, provavelmente veremos mais desses casos do Figure 01 realizando tarefas do cotidiano, como descascar alimentos, aparafusar, retirar tampas de frascos, etc.

Veja o robô preparando o café:

Atualmente, a robótica alimentada por inteligência artificial (IA) consegue fazer bem uma coisa de cada vez, em vez de fazer tudo adequadamente. Esses robôs começam com uma linha de base programada de regras e um conjunto de dados usado para autoaprendizagem, por isso é um marco que o Figure 01 tenha conseguido aprender assistindo apenas a algumas horas de filmagem.

Figure no mercado

No último dia 18, a Figure assinou um acordo comercial com a BMW para implantar robôs de uso geral no setor automotivo. A proposta é que seu robô permita a automação de tarefas difíceis, com pouca segurança ou tediosas em todo o processo de fabricação, o que, por sua vez, permite que os funcionários se concentrem em habilidades e processos que não podem ser automatizados, bem como na “melhoria contínua da eficiência e segurança da produção”.

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