Após Galípolo, Lula indicará mais 3 para o BC. Saiba próximos passos

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), enfim, definiu o nome do economista Gabriel Galípolo para assumir a presidência do Banco Central após o término do mandato de Roberto Campos Neto, em 31 de dezembro de 2024. Lula ainda terá de definir mais três nomes que ocuparão diretorias na instituição a partir de 2025.

A indicação foi anunciada nessa quarta-feira (28/8), após reunião do chefe do Executivo com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e Galípolo. O nome ainda precisa passar pelo crivo da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) e do plenário do Senado. Caso aprovado, o economista terá um mandato entre 2025 e 2028.

Ainda não há data para ocorrer a sabatina do indicado de Lula, mas a expectativa é que o assunto seja resolvido antes das eleições municipais.

Segundo o ministro da Fazenda, os trabalhos agora se concentram na escolha dos três novos nomes. “A partir de agora, vamos começar a trabalhar nos três nomes que vão compor a diretoria até o final do ano, que vai ser feito, ato contínuo, do encaminhamento do nome do Gabriel para o Senado Federal”, afirmou Haddad.

Novos nomes

Os mandatos de Otávio Damaso (diretor de Regulação) e Carolina de Assis (diretora de Relacionamento Institucional, Cidadania e Supervisão de Conduta) encerram em dezembro deste ano. A indicação de Galípolo para a presidência abre uma nova vaga na Diretoria de Política Monetária, hoje sob comando do economista.

Lula já havia indicado, além do economista, outros três membros da diretoria colegiada do BC: Paulo Picchetti (Assuntos Internacionais e de Gestão de Riscos Corporativos), Rodrigo Alves Teixeira (Administração) e Ailton de Aquino (Fiscalização).

Com isso, o chefe do Executivo passará a ter maioria na cúpula do órgão — seis, dos oito diretores, e o presidente da instituição.

Tensões

A iminente nomeação de Galípolo colocará fim a uma série de tensões entre o presidente Lula e o comando do Banco Central. Roberto Campos Neto foi indicado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e tem sido alvo de críticas do chefe do Executivo, especialmente pela política de juros adotada.

Lula deseja uma redução da taxa básica de juros, a Selic, enquanto Campos Neto defende a manutenção da taxa em 10,50% e não descarta um aumento desse percentual.

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