Mulher suspeita de envolvimento na morte de policial penal que ficou um mês desaparecido se entrega à polícia


Investigações indicam que suspeita ajudou a esconder provas do crime e desviou dinheiro da conta bancária do policial penal após a morte dele. Dois homens continuam foragidos. Policial penal José Francualdo Leite Nóbrega, encontrado morto em Goiás
Polícia Civil/Divulgação
Uma mulher suspeita de participar da morte do policial penal e empresário José Françualdo Leite Nobrega, de 36 anos, se entregou à Polícia Civil. As investigações indicam que ela ajudou a esconder provas do crime, além de também ter desviado dinheiro da conta bancária do policial penal após a morte dele. Caso é investigado em Águas Lindas de Goiás, na Região Entorno do Distrito Federal.
Por não ter acesso ao nome completo da mulher, o g1 não localizou a defesa dela para se manifestar sobre o caso até a última atualização desta reportagem.
De acordo com o delegado Felipe Máximo, responsável pelo caso, a mulher procurou uma delegacia no Distrito Federal e se entregou depois de saber que existia um mandado de prisão temporária em aberto contra ela.
“Ela ajudou a lavar o local do crime, a queimar o veículo, então, ela teve uma participação indireta. Nós também suspeitamos que, no período em que a vítima já estava morta, ela desviou algumas quantias conta da vítima. Isso é que nós ainda estamos apurando”, explicou o delegado.
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Além da mulher, outros dois homens estão presos suspeitos de envolvimento no crime. Um deles, inclusive, é marido da mulher que se entregou. A polícia ainda tenta localizar outros dois homens, que são considerados foragidos. Entenda abaixo a participação de cada um:
Homem 1 (preso): Foi quem planejou o crime, participou da execução direta da vítima e da ocultação do cadáver;
Homem 2 (foragido): Participou da execução direta da vítima e da ocultação do cadáver;
Homem 3 (preso): Participou da execução direta da vítima e da ocultação do cadáver;
Homem 4 (foragido): Colocou fogo no carro da vítima, para ocultar evidências de que o crime havia sido praticado;
Mulher (presa): Ajudou a ocultar evidências, limpando o local do crime e ajudando a queimar o carro da vítima; também é suspeita de desviar dinheiro da conta da vítima após a morte dela.
A investigação foi iniciada no DF, após o carro do policial penal ter sido encontrado carbonizado na zona rural de Paranoá. Mas como existiam indícios de que o agente poderia ter sido morto em Águas Lindas de Goiás, uma investigação também foi aberta pela polícia goiana.
Carro do Policial penal de Goiás desaparecido foi encontrado no DF
Divulgação/Polícia Civil
Motivação
De acordo com a polícia, o policial penal tinha uma loja em que alugava equipamentos para obras. Pouco antes de morrer, estava desconfiado que seus funcionários estavam desviando dinheiro da empresa e começou a cobrá-los.
“A vítima desconfiou que funcionários estavam desviando dinheiro da empresa e começou a cobrar. Os dois presos confessaram o crime e disseram que mataram porque o policial penal estava muito nervoso”, disse o delegado.
Logo no início da investigação, após colher depoimentos e ter acesso a informações por quebras de sigilo telefônico, o delegado concluiu que cinco funcionários da vítima seriam os suspeitos do crime.
De acordo com as investigações, José Françualdo tinha o costume de fazer um churrasco em sua chácara durante o fechamento de caixa da empresa e convidava alguns funcionários.
“Durante a confraternização, os empregados entupiram uma mangueira que abastece a casa. Quando a vítima foi arrumar, ela foi morta a tiros”, completou o delegado.
O policial foi visto pela última vez com vida em 28 de novembro de 2023. O corpo dele só foi encontrado no dia 6 de janeiro, em uma região de mata em Cocalzinho de Goiás, após um dos suspeitos ser pressionado pela família e levar a polícia e familiares até onde estava o agente.
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