Goldman Sachs aposta em utilities: setor lidera recomendações

Goldman Sachs aposta em utilities: setor lidera recomendações

A recente movimentação da curva de juros no Brasil acendeu um sinal verde para investidores que buscam ativos mais defensivos. Segundo a Goldman Sachs, ações de utilities — empresas de transmissão e distribuição de energia — podem ser um excelente refúgio diante de um cenário econômico incerto.

O fechamento recente da curva de juros foi impulsionado por diversos fatores, incluindo a valorização do real e um mercado tentando antecipar os impactos do cenário eleitoral de 2026. No entanto, a Goldman alerta que a inflação ainda está longe da meta, e dados econômicos mais fracos contribuíram para a reprecificação da Selic terminal.

“Após precificar 17,2% de Selic terminal em dezembro, a curva agora implica um juro básico de 15,2% no fim de 2025 e 105 bps em cortes até janeiro de 2027”, destacaram os analistas do banco.

Como a queda da Selic impacta as ações de utilities?

Empresas do setor elétrico, especialmente de transmissão e distribuição, tendem a se beneficiar de uma taxa de juros mais baixa. Isso porque seus fluxos de caixa de longo prazo tornam-se mais atrativos para investidores quando os juros caem, aumentando o valor presente de seus retornos futuros.

Além disso, a Goldman destaca que essas companhias oferecem um perfil defensivo, já que a demanda por energia e água possui baixa correlação com o PIB. Em momentos de desaceleração econômica, o setor mantém uma receita estável, enquanto segmentos mais cíclicos podem sofrer retração.

“A correlação da demanda por energia e água com o PIB é baixa, e o quadro regulatório compensa totalmente (transmissão) ou pelo menos parcialmente (distribuição) os volumes potencialmente mais baixos”, afirmou a equipe liderada pelo analista Bruno Amorim.

Proteção contra inflação e estabilidade no longo prazo

Outro fator que reforça a atratividade das utilities é sua capacidade de repassar a inflação aos consumidores por meio de reajustes tarifários anuais. Isso significa que, mesmo diante de picos inflacionários, o setor consegue manter sua rentabilidade, reduzindo riscos para investidores.

O Goldman Sachs destaca que os segmentos de transmissão e distribuição são os mais interessantes dentro do setor, pois além de oferecerem essa proteção contra a inflação, costumam ter contratos de longo prazo que garantem previsibilidade nos ganhos.

Quais são as apostas da Goldman no setor?

Dentre as opções do mercado, duas empresas se destacam como as favoritas do Goldman Sachs: Sabesp (SBSP3) e Equatorial (EQTL3). Ambas são negociadas com uma taxa interna de retorno (TIR) atrativa de 11% e 12%, respectivamente, e possuem duration de 12 anos, garantindo uma previsibilidade de receitas que agrada investidores de longo prazo.

Com um cenário de juros em trajetória descendente e um mercado cada vez mais atento à segurança dos investimentos, as ações de utilities surgem como uma estratégia sólida para quem busca proteção e bons retornos no atual contexto econômico.


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