Lula elogia papel de Janja no governo: ‘meu farol’

O presidente disse que Janja fala coisas que a própria assessoria não falaReprodução/redes sociais

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), teceu elogias à primeira-dama, Janja da Silva, durante uma entrevista à rádio baiana Metrópole. Segundo o chefe do Executivo, Janja é uma espécie de “farol” do governo que se preocupa e vive política “24 horas por dia”.

“A Janja é uma espécie de meu farol. Sabe aquele farol que guia assim? Ou seja, quando tem coisa errada, ela me chama a atenção. Quando tem alguma coisa no jornal errada, ela me chama a atenção. Quando tem alguma coisa nas redes, ela me chama a atenção. Às vezes, ela fala coisas para mim que a minha assessoria não fala, e ela fala. E isso me ajuda, obviamente”, disse o presidente.

A primeira-dama é alvo frequente de críticas por uma suposta ingerência de temas do governo. As críticas são feitas por opositores e aliados do governo, que reclamam dela supostamente ter prerrogativas equivalentes ou até maiores que de alguns ministros. 

Janja foi a responsável, por exemplo, por supostamente vetar a indicação do deputado Pedro Paulo (PSD-RJ) para o Ministério do Turismo, durante a transição de governo. O parlamentar era o nome indicado pelo partido e o anúncio já era tido como certo.

A primeira-dama também costuma participar de reuniões de trabalho com Lula, além de ser uma das principais figuras presente nas viagens do presidente. O chefe do Executivo já chamou a esposa de “assessora” em junho de 2023, quando discursava em um evento em uma universidade em São Bernardo do Campo (SP).

No ano passado, Janja já havia se defendido das críticas que faziam a ela, dizendo que não interferia na gestão de Lula. Segundo a primeira-dama, a vida seria mais fácil se ela tivesse uma atitude “mais fútil”. 

“As mulheres têm que estar mais e mais nos ambientes de poder. É por isso que eu estou ao lado do presidente Lula. Às vezes, me perguntam: ‘Você não se mete demais?’ Eu não me meto. Eu apenas falo. Seria mais fácil para mim se eu fosse mais fútil, mas não consigo. Eu falo e falo na hora do almoço também, aquele almoço que todo mundo pergunta”, afirmou a socióloga.

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