
A situação das filas nos pedágios que operam na BR-101, em Santa Catarina, está cada vez pior. Tamanha afronta ao consumidor levou o Procon do Estado a um trabalho de fiscalização no local, um serviço que deveria ser operado pela ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres).
Apesar de haver uma cláusula que obriga as empresas a abrir cancelas em caso de demora no atendimento, se trata de uma regra que não é aplicada.
Motoristas “mofam” parados nas praças de pedágios e as empresas, que não são cobradas, se omitem diante da obrigatoriedade da abertura das cancelas.
Uma determinação que consta em contrato e que não é aplicada. A ANTT, que tem a obrigação de fazer esse controle, “finge” que o faz.
A diretora do Procon-SC, Michele Alves, em entrevista concedida à Coluna Bom Dia, constatou uma situação de “abandono”. Em suas palavras “uma regra para ninguém cumprir”.
Veja o vídeo
Praça de pedágio em Palhoça, na BR-101; filas são recorrentes no local – Vídeo: Divulgação/ND
Segundo a diretora, que conversou informalmente com um fiscal da ANTT, são relatórios enviados a cada dois meses em um procedimento que, claramente, não respalda o usuário e o motorista em absolutamente nada.
Neste final de semana o órgão estadual, mais uma vez, esteve em algumas praças de pedágios na BR-101 e constatou mais filas.
Nessa oportunidade, no entanto, as filas da praça de Palhoça, operada pela Arteris Litoral Sul, era originada no acesso – no caso da saída – da Praia da Pinheira, para quem fazia o sentido Sul – Norte do Estado.
O que dizem as concessionárias
Arteris
Em nota, a Arteris informou que opera conforme as determinações do contrato de concessão da BR-101 e que os critérios para liberação de cancelas em situações de fila são “rigorosamente seguidos pela concessionária”.
CCR Via Costeira
Já a A CCR ViaCosteira afirma que “as filas nas praças de pedágio geralmente decorrem do excesso de fluxo na rodovia e as equipes locais atuam prontamente para restabelecer o nível de serviço”.