
O diabetes é uma doença que afeta, atualmente, mais de 13 milhões de brasileiros, segundo informações da Sociedade Brasileira de Diabetes. Esses números correspondem a 6,9% da população nacional. Nas redes sociais, ela tem ganhado os holofotes após a estreia do remake da novela Vale Tudo, em que a personagem Solange Duprat (Alice Wegmann) convive com um dos tipos da doença. Porém, muitas pessoas ainda possuem dúvidas sobre a doença.
Causada por uma produção insuficiente ou má absorção de insulina, hormônio responsável pela regulação da glicose no sangue, o diabetes pode resultar em complicações para o organismo, especialmente nos olhos, artérias, coração, nervos, rins e, em casos mais graves, podendo até mesmo levar à morte. Alguns dos sintomas mais comuns incluem: fadiga, aumento do apetite, aumento da frequência urinária, sede constante e dificuldade na cicatrização de feridas, dentre outros que podem variar a depender do tipo da doença.
De acordo com a biomédica Dra. Aline Neves (CRBM/BA – 13696), os principais exames para o diagnóstico da doença são a glicemia de jejum, glicemia pós-prandial, hemoglobina glicada (HbA1c), teste oral de tolerância à glicose (TOTG) e a medição de insulina. Além disso, os pacientes com diagnóstico do diabetes devem realizar determinados exames regularmente para o acompanhamento da doença:
- Hemoglobina glicada (HbA1c) – a cada 3 meses, para um controle glicêmico a longo prazo;
- Glicemia capilar ou venosa – controle diário ou frequente;
- Microalbuminúria – avaliação da função renal;
- Perfil lipídico – avaliação do colesterol e triglicerídeos;
- Função hepática (TGO, TGP, Gama-GT Bilirrubina total e frações, Fosfatase Alcalina, Albumina e Tempo de Protrombina);
- Frutosamina.
A biomédica reitera a importância de pessoas de todas as idades realizarem os exames regularmente para identificar e prevenir qualquer patologia. “A frequência dos exames varia conforme o perfil da pessoa, como: idade, fatores de risco, presença de alguma patologia já existente, dentre outras”, conta Neves. Em Feira de Santana, esses exames podem ser realizados com qualidade, confiança e tecnologia no IHEF Laboratório, que possui expertise em exames laboratoriais.
Tipos da doença
Conforme a biomédica Aline Neves, os principais tipos do diabetes mellitus são:
- Pré-diabetes: A glicose está alterada, mas ainda não é um quadro de diabetes e, caso não seja tratada, pode evoluir para o tipo 2. É um estádio de alerta do organismo, geralmente aparecendo em pessoas com quadro de obesidade, hipertensão ou alterações nos lipídios. Segundo o Ministério da Saúde, 50% dos pacientes com pré-diabetes acabam desenvolvendo a doença;
- Tipo 1: Doença autoimune. Neste caso, o pâncreas não produz insulina. Ela é caracterizada por um início rápido, geralmente em pessoas ainda jovens. Cerca de 5% a 10% das pessoas com diabetes no Brasil possuem esse tipo da doença. O tratamento é feito com aplicação diária de insulina;
- Tipo 2: Doença adquirida devido a uma resistência à insulina ou quando o corpo apresenta uma produção reduzida do hormônio. Ela é mais comum em adultos. O tipo 2 é responsável por quase 90% dos casos de diabetes no Brasil e está diretamente associada a problemas como: hipertensão, sedentarismo, hábitos alimentares inadequados e sobrepeso;
- Diabetes gestacional: Caracterizada por um quadro temporário da doença durante o período da gravidez. Exige um acompanhamento redobrado das gestantes, pois mulheres com diabetes gestacional possuem risco elevado de complicações durante o parto. Ela corresponde de 2% a 4% da doença no Brasil.
Importância do diagnóstico precoce
Assim como na maioria das doenças, o diagnóstico precoce do diabetes também é essencial para a redução de riscos de complicações. “Isso porque ele permite o controle rápido da glicose, evitando danos nos vasos sanguíneos e nos nervos, especialmente com o início do tratamento e a adoção de hábitos de vida mais saudáveis antes que o organismo sofra danos irreversíveis”, complementa a biomédica.
Com o diagnóstico precoce é possível evitar complicações, tais como: cegueira (retinopatia), amputações (neuropatia e má circulação), doença renal (nefropatia), infarto e AVC (doença cardiovascular).
Aline Neves reforça ainda a importância de campanhas de conscientização sobre o diabetes para um controle real e duradouro da doença. “Educação e acompanhamento contínuo do paciente são fundamentais para o sucesso do tratamento. Isso envolve orientação sobre alimentação, atividade física, uso correto de medicamentos e monitoramento da glicemia. Tudo isso reduz o número de internações e melhora a qualidade de vida dos pacientes”, finaliza a biomédica.
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