
Em 2024, a SAS, companhia aérea escandinava, promoveu uma transformação significativa em seu programa de fidelidade ao migrar da Star Alliance para a SkyTeam. Essa transição impactou milhões de passageiros habituados a um ecossistema de parceiros e benefícios específicos, exigindo uma abordagem inovadora para manter o engajamento dos clientes. Para incentivar a experimentação das novas rotas e fortalecer o relacionamento com os viajantes, a empresa lançou um desafio inédito no EuroBonus, seu programa de milhas.
O desafio proposto pela SAS consistia em voar com 15 companhias aéreas da SkyTeam entre outubro e dezembro de 2024. Aqueles que cumprissem a meta receberiam 1 milhão de pontos, valor que pode ser convertido em passagens aéreas de alto valor. A iniciativa buscava não apenas informar sobre a mudança de aliança, mas também estimular a lealdade e a curiosidade dos clientes diante das novas possibilidades de viagem.
Como a SAS estimulou a criação de “milionários” em milhas?
A decisão de oferecer um prêmio expressivo foi estratégica. O valor de 1 milhão de pontos, equivalente a cerca de US$ 10 mil em passagens, serviu como um incentivo robusto para atrair tanto viajantes frequentes quanto novos participantes. A proposta foi comunicada amplamente, despertando o interesse de cerca de 50 mil membros do EuroBonus, além de motivar milhares de novos cadastros apenas para participar do desafio.
O objetivo da SAS era reposicionar sua marca diante do novo cenário de alianças, ao mesmo tempo em que promovia a experimentação de voos com parceiros da SkyTeam. A ação foi estruturada para criar um senso de urgência e competição, características típicas de estratégias de gamificação em programas de fidelidade. O engajamento dos participantes demonstrou que a combinação de metas claras e recompensas tangíveis pode ser altamente eficaz.

Quem participou do desafio e por que ele se tornou tão atrativo?
O desafio atraiu um público diversificado, desde viajantes experientes até pessoas que nunca haviam voado com a SAS. Entre os participantes, destacam-se exemplos como o da youtuber sul-coreana Nara Lee, que embarcou em uma maratona de voos por diferentes continentes, e o britânico Barry Collins, que utilizou estratégias de voos curtos e conexões para atingir o objetivo. O apelo do prêmio, aliado à possibilidade de explorar novas rotas e companhias, foi determinante para o sucesso da campanha.
- Curiosidade: Muitos participantes se inscreveram apenas para experimentar o desafio, sem histórico prévio no programa.
- Valor real: O prêmio permitiu a emissão de passagens em classes superiores, proporcionando experiências de viagem diferenciadas.
- Reconhecimento: Tornar-se “milionário” em milhas gerou visibilidade e prestígio entre os entusiastas de programas de fidelidade.
Quais desafios os participantes enfrentaram durante a busca pelo milhão de milhas?
Participar de uma maratona de voos em um curto espaço de tempo trouxe desafios físicos e logísticos. Muitos relataram cansaço, dificuldades para dormir e a necessidade de planejamento rigoroso para cumprir as rotas exigidas. Estratégias como o uso de bagagem de mão, escolha de voos noturnos e adaptação rápida a diferentes fusos horários foram essenciais para o sucesso.
- Planejamento detalhado dos itinerários e conexões.
- Gestão do tempo entre voos e escalas.
- Cuidados com saúde e bem-estar durante viagens longas.
- Aprendizado sobre as regras e benefícios das novas companhias parceiras.
Além dos desafios práticos, houve também a necessidade de adaptação às novas plataformas digitais e à dinâmica de acúmulo de pontos em uma aliança diferente. O processo exigiu disciplina e resiliência dos participantes, que precisaram equilibrar o desejo de conquistar o prêmio com as limitações impostas pelo tempo e pelo próprio corpo.
Quais foram os benefícios e impactos do desafio de milhas da SAS?
Os vencedores do desafio EuroBonus tiveram acesso imediato a recompensas valiosas, como passagens em classe executiva e viagens internacionais com custos reduzidos. O impacto foi sentido não apenas na vida dos participantes, mas também no mercado de fidelidade, que observou um aumento no interesse por programas de milhas e novas formas de engajamento.
Além dos benefícios práticos, a iniciativa da SAS gerou debates sobre sustentabilidade e responsabilidade socioambiental, especialmente em um contexto de discussões globais sobre emissões de carbono. A companhia defendeu que a maioria dos participantes já era composta por viajantes frequentes, mas a ação levantou questões importantes sobre o papel das empresas aéreas em campanhas de incentivo ao consumo.
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