Trump preside desfile militar em meio a protestos e a atentado contra congressistas democratas

O presidente dos Estados Unidos, o republicano Donald Trump, presidirá um desfile militar em Washington neste sábado (14), um dia marcado pela morte a tiros de uma congressista estadual democrata e no qual estão marcados protestos em todo o país.

Completando 79 anos neste sábado, ele se prepara para presidir um desfile militar com tom personalista. Este é o primeiro desfile do gênero desde o realizado em 1991, no final da Guerra do Golfo. O exército, que estima que o projeto custe até 45 milhões de dólares (R$ 250 milhões), tomou medidas para proteger a rodovia do peso dos tanques com grossas placas de aço nas estradas por onde passam e almofadas de borracha nos trilhos dos veículos.

O evento coincide com o Dia da Bandeira e comemora oficialmente o 250º aniversário da criação das Forças Armadas dos Estados Unidos. Quase 7 mil militares, alguns a cavalo, muitos em uniformes de diferentes guerras, 150 veículos militares e sobrevoados por cerca de 50 aeronaves, marcharão por parte de uma vasta esplanada com monumentos icônicos como o Lincoln Memorial. Eles terminarão perto da Casa Branca, na capital estadunidense, onde paraquedistas entregarão uma bandeira ao comandante-em-chefe.

O clima pode atrapalhar o desfile com tempestades, mas Trump disse não se importar. “Não afeta os tanques ou os soldados. Eles estão acostumados. Eles são fortes”, disse o mandatário, que se gabou na sexta-feira (13) de que Israel usou equipamentos militares dos EUA em seus ataques contra o programa nuclear do Irã.

Violência política em Minnesota

A congressista estadual Melissa Hortman e seu marido, Mark, foram mortos a tiros, enquanto o senador John Hoffman e sua esposa, Yvette, ficaram feridos em Minnesota neste sábado (14), disse o governador Tim Walz, chamando o ato de “violência política direcionada”. “Não resolvemos nossas diferenças com violência ou sob a mira de armas”, disse. O atirador continua foragido, informou a polícia.

Trump condenou o ataque aos congressistas, que classificou como “horrível” , assim como a procuradora-geral dos EUA, Pam Bondi, que o chamou de “violência horrível”.

O medo da violência política cresceu nos Estados Unidos desde que Trump iniciou seu segundo mandato na Casa Branca em janeiro. Os democratas criticam o presidente republicano por sua política imigratória drástica, seus ataques à educação e à imprensa e a percepção de que ele viola os limites do poder Executivo com uma agenda ultraconservadora.

Protestos

Os opositores de Trump também esperam atrair multidões para protestos em mais de 1.500 cidades em todo o país, apelidados de “Sem Reis”, apontando que o presidente se comporta como se fosse um.

Eles o acusam de “autoritarismo”, de seguir uma política de “bilionários em primeiro lugar” e de “militarizar” a democracia.

Em Los Angeles, palco de protestos contra as operações de imigração do presidente republicano nos últimos dias, manifestantes anti-Trump também planejam ir às ruas, apesar da mobilização de milhares de reservistas da Guarda Nacional e centenas de fuzileiros navais da ativa. Os organizadores pretendem protestar “contra seus métodos paramilitares e tendências ditatoriais”.

Trump alertou que reagirá com “grande força” se os manifestantes tentarem interromper o espetáculo que, segundo ele, será “como nenhum outro”.

*Com informações da AFP

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