As agências de turismo do Espírito Santo estão sendo vítimas de golpes com cartões clonados. Uma vítima relatou que teve um prejuízo de aproximadamente R$ 50 mil.
Luciana Contti, dona de uma agência de viagens, foi vítima de um desses golpes. Ela relatou que um dos clientes atendido pela empresa era, na verdade, um golpista. Ele realizou algumas compras com a agência, inclusive de viagens partindo de lugares diferentes.
“Entrou em contato conosco através do telefone, dizendo que foi indicado por um cliente antigo. Pediu passagens para pessoas próximas. Foi muito amável. Ele fez a primeira compra e, a partir da segunda e terceira compra, começou a solicitar viagens fora, saindo de outros destinos a não ser Vitória. Foi aí que começamos a desconfiar”, contou Luciana.
O golpista age clonando um cartão e iniciando um atendimento na agência de viagem como se fosse um cliente. Ele faz compras para outras pessoas e depois anuncia as passagens em redes sociais, com perfis falsos de agências e preços muito abaixo do valor real.
Quando o verdadeiro dono do cartão descobre a fraude, cancela a venda junto ao banco e o prejuízo fica para a agência.
“A companhia aérea cobra da agência que faz o atendimento. Normalmente, o cliente que adquire essas passagens não sabe que está adquirindo de golpistas. São anúncios imperdíveis feitos nas redes sociais e os clientes são atendidos como se fosse uma agência verdadeira”, explica Luciana.
Dica é desconfiar de passagens muito baratas
No Espírito Santo, funcionam 872 agências de turismo. Rodrigo Stange, representante do setor de turismo, alerta sobre a importância de desconfiar de passagens muito baratas.
Ele orienta pesquisar o nome da agência ou da companhia aérea e a promoção que está sendo oferecida antes de efetuar uma compra, para conferir se a oferta está no site oficial da empresa. Stange ainda indica fazer os pagamentos com segurança.
“Se for PIX, certifique-se que o CNPJ da chave PIX, o nome e a razão social sejam da mesma empresa que você fez a consulta inicial. Se estiver em nome de terceiros e, principalmente, se estiver em nome de pessoa física, não faça o pagamento”, instrui.
O caso de golpe está sendo investigado pela Polícia Civil. Até o momento nenhum suspeito foi identificado.
*Com informações da repórter Gabriela Valdetaro, da TV Vitória/Record
