
A ativista climática Greta Thunberg, de 22 anos, apareceu em um vídeo gravado antes de um incidente no mar, afirmando que forças israelenses a “sequestraram”. O fato ocorreu durante uma viagem de um grupo de ativistas rumo à Faixa de Gaza. Thunberg integrava uma equipe de 12 pessoas a bordo do barco Madleen, de bandeira britânica. A embarcação fazia parte de uma iniciativa da Coalizão Freedom Flotilla (FFC).
O objetivo declarado da missão era duplo: levar ajuda humanitária aos palestinos na Faixa de Gaza e chamar a atenção internacional para a grave crise humanitária vivida na região. O barco partiu da Sicília no domingo, 1º de junho. Segundo os organizadores, o Madleen transportava suprimentos essenciais, incluindo alimentos como arroz e fórmulas infantis para bebês.
Contudo, a viagem foi interrompida. Em um vídeo pré-gravado e divulgado nas redes sociais na noite de sábado, 8 de junho, Greta Thunberg fez uma declaração contundente.

Greta Thunberg afirmou em um vídeo que foi “sequestrada” pelas forças israelenses
“Meu nome é Greta Thunberg e eu sou da Suécia”, começou ela. “Se você está vendo este vídeo, fomos interceptados e sequestrados em águas internacionais pelas forças de ocupação israelenses – ou forças que apoiam Israel”. A ativista sueca pediu então pressão sobre o governo sueco para garantir a libertação dela e dos outros integrantes.
Antes mesmo da partida, Thunberg já havia expressado a motivação por trás da ação. Ela declarou à imprensa que a missão era necessária diante do que classificou como “genocídio transmitido ao vivo”, referindo-se ao conflito em Gaza. Israel rejeita veementemente qualquer acusação de genocídio.
A FFC se define como um movimento solidário de base, “de pessoas para pessoas”, com a missão explícita de acabar com o que considera ser o “bloqueio ilegal israelense de Gaza”.
O governo israelense apresentou uma versão diferente dos eventos e criticou duramente a ação. O Ministério das Relações Exteriores de Israel emitiu um comunicado confirmando que o barco Madleen estava “seguindo em segurança para as costas de Israel” e que as pessoas a bordo deveriam “retornar aos seus países de origem”. Autoridades israelenses garantiram que os passageiros estavam seguros e ilesos, tendo recebido sanduíches e água.
SOS! the volunteers on ‘Madleen’ have been kidnapped by Israeli forces.
Greta Thunberg is a Swedish citizen.
Pressure their foreign ministries and help us keep them safe!Web: https://t.co/uCGmx8sn8j
X : @SweMFA
FB : @SweMFA
IG : swedishmfa#AllEyesOnMadeleen pic.twitter.com/76Myrg2Bnz— Freedom Flotilla Coalition (@GazaFFlotilla) June 9, 2025
Em suas redes sociais, o ministério israelense caracterizou a ação de Thunberg e dos outros ativistas como uma “provocação midiática” com o único propósito de “ganhar publicidade”.
O comunicado destacou os esforços de ajuda israelenses, afirmando que “mais de 1.200 caminhões de ajuda” entraram em Gaza vindos de Israel nas duas semanas anteriores. Além disso, citou a distribuição de “quase 11 milhões de refeições” diretamente aos civis em Gaza pela fundação humanitária do território.
O ministério israelense também minimizou a carga humanitária do barco Madleen, comparando-a a “menos de um caminhão de ajuda”. Afirmou ainda que “a pequena quantidade de ajuda que estava no iate” seria enviada a Gaza “por meio de canais humanitários reais”, descartando a eficácia simbólica da missão. A declaração final foi direta: “Existem maneiras de entregar ajuda à Faixa de Gaza – elas não envolvem selfies no Instagram”.
O desfecho imediato foi o redirecionamento do barco Madleen para Israel, conforme anunciado pelas autoridades israelenses. Os 12 ativistas, incluindo Greta Thunberg, aguardavam repatriação para seus países de origem após os procedimentos de imigração. O episódio amplificou o debate sobre as formas de protesto internacional, a entrega de ajuda humanitária em zonas de conflito complexo e o papel de figuras públicas em crises geopolíticas.
Esse Greta Thunberg afirma ter sido “sequestrada” por forças israelenses em vídeo chocante pedindo ajuda foi publicado primeiro no Misterios do Mundo. Cópias não são autorizadas.