
Recentemente, uma investigação realizada por especialistas da Norton, uma renomada marca de segurança cibernética, trouxe à tona uma preocupante onda de golpes de doações no Brasil. Utilizando redes sociais, cibercriminosos têm criado sites falsos de arrecadação de fundos, baseados em histórias reais, para enganar pessoas de boa-fé e desviar recursos destinados a causas humanitárias.
Esses golpes não se concentram em roubar dados pessoais ou bancários, mas sim em redirecionar diretamente os fundos para contas fraudulentas. Os criminosos se infiltram em comunidades locais através de perfis falsos ou contas comprometidas em plataformas como Facebook, Threads e Instagram, ganhando credibilidade ao republicar conteúdos de outros usuários antes de compartilhar links para sites falsos.
Como funcionam essencialmente os golpes de doações?
Os sites fraudulentos são meticulosamente projetados para imitar plataformas legítimas de arrecadação de fundos, como a popular Vakinha. Eles replicam descrições, imagens e vídeos reais, além de exibir comentários falsos de supostos doadores e efeitos visuais que simulam doações em tempo real. Quando uma vítima decide doar, é direcionada para uma página de pagamento que utiliza métodos como código QR ou PIX.
Após a conclusão do pagamento, uma mensagem de agradecimento é exibida, enganando a vítima ao confirmar falsamente que a doação foi recebida pela causa pretendida. Isso cria uma falsa sensação de segurança, fazendo com que muitas vítimas nunca percebam que foram enganadas, enquanto as verdadeiras causas ficam sem os recursos necessários.

Por que golpes de doações enganam tantos?
Esses golpes são particularmente sofisticados porque imitam postagens e sites de doações reais, explorando a empatia e a disposição das pessoas em ajudar. Ao replicar conteúdo legítimo e se espalhar por plataformas comuns, como as redes sociais, os golpistas conseguem evitar suspeitas e receber transferências diretas sem precisar roubar informações pessoais.
Jakub Vávra, analista de operações de ameaças na Gen, destaca que essas campanhas se aproveitam da confiança das pessoas em plataformas conhecidas, tornando-se difíceis de detectar. A sofisticação das técnicas utilizadas torna a prevenção e o bloqueio desses golpes um desafio constante para empresas de segurança cibernética.
Quais medidas de proteção contra golpes de doações?
Para se proteger desses golpes, é essencial adotar algumas medidas de segurança. Aqui estão algumas dicas:
- Verifique a legitimidade: antes de fazer uma doação, pesquise sobre a plataforma e a campanha. Certifique-se de que são legítimas e reconhecidas.
- Desconfie de links: evite clicar em links suspeitos enviados por redes sociais ou e-mails. Prefira acessar sites diretamente pelo navegador.
- Use métodos de pagamento seguros: prefira métodos de pagamento que ofereçam proteção ao consumidor, como cartões de crédito, em vez de transferências diretas.
- Informe-se: mantenha-se atualizado sobre os tipos de golpes mais comuns e compartilhe informações com amigos e familiares para aumentar a conscientização.
Qual o impactante papel das empresas de segurança cibernética?
A Norton, por exemplo, detectou e bloqueou centenas de tentativas desse golpe no Brasil na última semana. A empresa continua monitorando ativamente essas campanhas para proteger as pessoas na América Latina e em outras regiões. O papel das empresas de segurança cibernética é crucial para identificar e neutralizar essas ameaças, além de educar o público sobre como se proteger.
Com a crescente sofisticação dos golpes de doações, é essencial que todos estejam atentos e informados. A colaboração entre empresas de segurança, plataformas de redes sociais e o público em geral é fundamental para combater essa ameaça e garantir que as doações cheguem a quem realmente precisa.
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