
Jovem de 22 anos estava em uma moto da 99 quando sofreu acidente no sábado (24) na Avenida Tiradentes. Ocupantes de um carro abriram a porta, arremessando a moça e o motociclista. Ricardo Nunes (MDB) manda instalar faixa da CET no local onde jovem morreu após usar moto por aplicativo na cidade.
Reprodução/TV Globo
O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), instalou uma faixa na noite de segunda-feira (26) no trecho da Avenida Tiradentes onde uma passageira de moto da empresa 99 morreu em um acidente de trânsito.
A faixa em letras maiúsculas diz o seguinte: “A CET registrou neste local a morte de uma passageira que usava o serviço de mototáxi da empresa 99. O serviço de mototáxi é proibido —preserve sua vida”.
No sábado (24), a jovem Larissa Barros Maximo Torres, de 22 anos, estava na garupa de uma moto quando ocupantes de um carro abriram a porta do veículo em movimento, acertando a moto e causando o acidente (veja mais abaixo).
O prefeito também determinou que a CET espalhasse mensagens pela cidade falando sobre a proibição do serviço na capital paulista.
As faixas e mensagens são mais um episódio da queda de braço entre Nunes e as empresas de aplicativo, que tentam implementar o serviço de moto na cidade e travam na Justiça um duelo de liminares com a gestão municipal. Na segunda, uma nova decisão judicial voltou a proibir o serviço. (Veja aqui o vaivém do imbróglio jurídico).
Mensagens no trânsito de São Paulo sobre a proibição das motos por aplicativo na capital paulista.
Montagem/g1/Reprodução/TV Globo
Impasse
O prefeito tenta proibir esse tipo de serviço na capital paulista, alegando que é inseguro e coloca a vida dos passageiros em risco.
Em janeiro, ele chegou a fazer um apelo para a população afirmando que a permissão do serviço seria trágica para a população: “Não usem isso pelo amor de Deus. Vai ser uma carnificina”, declarou.
Desde 2023, há um decreto municipal 62.144 – do próprio Nunes – proibindo a utilização de motocicletas para transporte individual remunerado de passageiros por aplicativos na cidade.
Porém, em várias decisões, a Justiça já permitiu o serviço dizendo que o decreto do prefeito não se sobrepõe à legislação de trânsito federal, que permite o serviço em outras cidades e dá às prefeituras municipais apenas o poder de fiscalizar e regulamentar esse tipo de serviço.
Nesta segunda, a Justiça de São Paulo voltou a suspender esse serviço por moto, em mais um capítulo dessa disputa (veja todas as decisões que envolvem a briga aqui).
Leia abaixo a nota da 99 sobre o acidente:
É com pesar que a 99 recebeu a notícia do acidente envolvendo a passageira Larissa Barros Máximo Torres e um motociclista parceiro. A empresa se solidariza com os familiares e esclarece que está acompanhando de perto o caso e oferecendo suporte integral aos envolvidos – como cobertura pelo seguro, apoio psicológico e auxílio funeral. Além disso, a 99 segue à disposição das autoridades para contribuir com as investigações.
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