
Crime aconteceu em março de 2025, na zona rural de Caseara. Segundo a polícia, após a vítima pedir ajuda pela internet, namorado enviou mensagens ‘desmentindo’ as agressões. Gilman Rodrigues da Silva virou réu pela morte da namorada, Delvânia Campelo da Silva
Arte g1/Redes Sociais/Reprodução TV Anhanguera
Gilman Rodrigues da Silva virou réu pela morte da namorada Delvânia Campelo da Silva. O crime aconteceu em março deste ano, após uma discussão entre o casal. Segundo a polícia, a vítima teria pedido ajuda mandando mensagens em grupo de WhatsApp no momento das agressões. Ela chegou a ficar mais de 20 dias internada e morreu no hospital.
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Segundo o Tribunal de Justiça, a denúncia feita pelo Ministério Público do Tocantins foi aceita nesta quarta-feira (21). A decisão foi assinada pelo juiz Marcelo Eliseu Rostirolla da 1ª Escrivania Criminal de Araguacema.
O g1 solicitou um posicionamento para a defesa de Gilman, mas não teve resposta até a publicação da reportagem.
Relembre o caso
Delvânia Campelo da Silva estava internada em estado grave no Hospital Geral de Palmas
Delvânia Campelo/ Reprodução Redes sociais
O caso aconteceu no dia 22 de março deste ano, em uma chácara localizada na zona rural de Caseara, na região oeste do estado. Segundo a polícia, Delvânia teria sido agredida com um cabo de rodo, principalmente na região da nuca. Quando ela desmaiou, Gilman teria fugido do local com destino a Palmas, conforme apontou a investigação.
Ainda conforme a polícia, após a vítima ter pedido socorro por um grupo de aplicativo de mensagens, Gilman teria enviado mensagens ‘desmentindo’ a namorada, tranquilizando os participantes e afirmando que estava tudo bem.
Delvânia foi encontrada por um caseiro, que chamou a Polícia Militar. Ela chegou a ser atendida em um hospital da cidade, mas devido à gravidade dos ferimentos, foi transferida para o Hospital Geral de Palmas (HGP) no dia 23 de março. Ela morreu no dia 11 de abril.
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O caso só foi registrado na Polícia Civil no dia 23 de março na Central de Atendimento à Mulher 24h, em Palmas. Três dias após as agressões, no dia 25 de março, Gilman se apresentou na delegacia de Paraíso, acompanhado de um advogado. Durante depoimento, ele alegou legítima defesa.
“Ela veio para cima. Acredito que ela tenha bebido alguma coisa porque ela estava fora do normal. Quando ela pegou e começou a me atacar dessa forma, eu consegui pegar esse cabo desse vassourão e fui para cima para acalmar ela”, disse à polícia.
No dia 3 de abril, Gilman foi preso após a Polícia Civil cumprir um mandado de prisão preventiva. A ordem foi cumprida quando ele foi chamado à delegacia para prestar um novo depoimento. Após a prisão, ele foi levado à Unidade Penal de Paraíso do Tocantins, onde permanece preso.
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