
O Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Espírito Santo (Crea-ES) recomendou a interdição cautelar de uma empresa de pólvora, em São Mateus, região Norte do Espírito Santo. A recomendação acontece após o local explodir na tarde desta quarta-feira (21).
O Crea-ES oficiou a Defesa Civil e a Secretaria Municipal de Meio Ambiente de São Mateus, além do Corpo de Bombeiros. A interdição deve ser feita nas instalações industriais e de avaliação ambiental na empresa.
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Um homem morreu incendiado após a explosão na fábrica e uma outra pessoa segue gravemente ferida.
Segundo o Crea, a interdição ocorre para permitir uma apuração técnica rigorosa das causas do acidente. Uma equipe disciplinar será deslocada de Vitória até São Mateus para realizar a vistoria.
A equipe é composta por engenheiros químicos, de Minas e de segurança do trabalho. Os especialistas realizarão a apuração nesta quinta-feira (22), a partir de 11h.
Segundo o presidente do Crea-ES, Jorge Silva, a vistoria é importante, pois ainda pode haver a presença de resíduos químicos no solo e no ar nas proximidades da fábrica.
É importante frisar que, por ainda haver potencial presença de resíduos químicos no ar e no solo, nossas análises não se limitarão à parte interna da fábrica, mas atingirão todo o entorno. Nosso objetivo é verificar se houve contaminações e se a região está segura. E isso demanda estudos técnicos específicos.
Fábrica foi totalmente destruída
O galpão da fábrica foi completamente destruído. O estabelecimento fabricava um produto sólido, inflamável e tóxico, utilizado em substituição à dinamite. Segundo o Corpo de Bombeiros, a empresa é especializada na fabricação de inflamável utilizado pela indústria de mineração para o rompimento de rochas.
Durante uma análise inicial dos bombeiros foi considerada a hipótese de que o local funciona como fábrica de fertilizantes, o que depois foi descartado.
“Trata-se de uma empresa especializada na fabricação de produto inflamável utilizado pela indústria de mineração para o rompimento de rochas”.
Além disso, a empresa é legalizada e registrada junto aos órgãos de fiscalização competentes. “O sinistro destruiu completamente o galpão e tudo que havia em seu interior”.